O ano de 2015 reservou boas surpresas para Monica Iozzi. Após um duplo papel na novela da Globo “Alto Astral”, em maio, a atriz formada na Unicamp voltou a exercer a função que a projetou na mídia: a de comunicadora
Uma espécie de déjà vu. A paulista de 34 anos já havia passado por essa situação. Em 2013, ela viveu o mesmo dilema de quando deixou o “CQC”, na Band, em busca de novos horizontes. Mas ela não titubeou e seguiu em frente.
Fez um teste para a bancada do “Vídeo Show” e rapidamente caiu nas graças de Boninho, que já chegou a fazer campanha para ela não deixar o programa. Para quem não se lembra, o diretor entrou com um cartaz em mãos no extinto “Tomara que Caia”, pedindo para ela não abandonar o posto.
A empatia não foi só da direção da casa. Não à toa, recebeu prêmios de melhor apresentadora e se destacou como a personalidade do ano na TV, como o iG a elegeu.
No entanto, o reconhecimento não subiu à cabeça e ela continua com uma ideia fixa. Monica é categórica e afirma que seu sonho, apesar de todo sucesso conquistado ao lado de Otaviano Costa na atração vespertina da Globo, é interpretar.
“O convite para o ‘Vídeo Show’ surgiu super de última hora. Mas a identificação com Ota foi instantânea e a proximidade com o público, imediata. Apesar de ter sido um ano difícil para o País, para mim foi incrível”, resume ela em entrevista ao iG.
Antes da entrada, o programa vivia em uma constante troca de apresentadores e não decolava na audiência. A dupla com Otaviano realmente emplacou e Monica faz uma leitura de sua trajetória.
“Nós investimos em uma linguagem mais simplificada, direta, para que o público tivesse maior adesão. É como uma extensão da casas das pessoas. Tivemos sorte de nos encontrar e ter apostado neste formato. Deixa tudo com mais energia e bem fresco.”
“Nunca fui censurada”
Novo também é seu jeito de conduzir a atração e se expressar. Monica quebrou os paradigmas vigentes até então na TV Globo: ela fala da concorrência, critica a casa, comenta assuntos internos, algo totalmente inédito. Como conseguiu tamanha liberdade é a pergunta que fica no ar.
“Eles já sabiam o produto que estavam comprando. Parei de privar a Globo de tudo. E posso te garantir, nunca fui censurada. Também porque a internet transformou o jeito de se comunicar. Hoje você escolhe o que quer assistir e a relação é direta com os artistas.”
Monica revela que já ouviu um grito ou outro no ponto eletrônico e até levou uns puxões de orelhas. Mas ela não se intimida e cutuca a toda-poderosa quando é informada de que o “Vídeo Show” não é mais onipotente e já perdeu na disputa pelo Ibope para a Record em São Paulo.
“A Globo tem um peso muito grande e sempre foi uma potência, isso é admirável. Mas a concorrência é saudável. Se a audiência baixou é sinal de que outras coisas bacanas surgiram e isso é bom.”
Sem pudor, ela diz que aprendeu com seus próprios erros: as gafes no programa ao vivo são inevitáveis e ela soube como tirar proveito. “Já aconteceu de o microfone ficar aberto e a minha opinião vazar. Mas é o que acho mesmo e não vou me omitir. Isso que dá o diferencial.”
Polêmica atrás de polêmica
A apresentadora já esteve envolvida em polêmicas. Em uma delas, criticou a postura das mulheres no quadro “Afogando o Ganso”, do “Pânico da Band”. Ela não se esquiva e reforça sua indignação. “Nada contra elas, cada um faz o que quer do corpo. Só acho uma exposição desnecessária. Fica agressivo e me senti ofendida como mulher. Mas conversei com elas e essa história está resolvida.”
Fonte: Midia News