O pai do homem monitorado em Chapecó, no Oeste catarinense, supostamente pelo risco de planejar ato terrorista, negou à RBS TV, nesta sexta (3), que o filho tenha qualquer envolvimento com organizações do tipo. O homem, natural do Líbano, é investigado há três anos e passou a utilizar tornozeleira eletrônica desde o dia 27 de maio.
A assessoria de imprensa do Tribunal Regional Federal da 4ª Região confirmou nesta sexta-feira (3) a determinação da Justiça Federal para o monitoramento. Conforme a determinação, ele não pode comparecer a lugares públicos, como aeroportos e escolas. Ele também não pode participar de atividades com explosivos, armas de fogo ou artes marciais.
A tornozeleira deve ser usada, pelo menos, até o fim das Olimpíadas. O homem também não pode deixar a cidade de Chapecó sem autorização prévia da Policia Federal.
Conforme informações da RBS TV, a adoção de medidas especiais para restringir os passos do homem, que é dono de um restaurante, foi autorizada pela juíza substituta da 2ª Vara Federal de Chapecó, Heloísa Pozenato, que disse que há “vários indícios” que não devem ser ignorados. Entre eles, que o suspeito vinha tendo aulas de tiro e que em 2013 viajou pra Síria em uma cidade que estaria sob domínio da organização Estado Islâmico.
Pai nega
Nem o suspeito nem a família quiseram gravar entrevista. À RBS TV, o pai dele disse que o filho não tem nenhuma atitude suspeita, que “tudo é mentira”, que o homem nunca foi para a Síria – apenas para a Turquia, para aprender árabe e turco – e que a família está procurando um advogado
A investigação está sendo feita pela Divisão Anti Terrorismo da PF, que, por telefone, disse que não pode repassar nenhuma informação porque a investigação é sigilosa.
Do G1