Três horas depois de o presidente do Figueirense, Wilfredo Brillinger, convocar uma entrevista coletiva para explicar os motivos para pedir a anulação da partida do Alvinegro contra o Palmeiras, o presidente do Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) já rejeitou o pedido do Furacão. Em seu despacho, Ronaldo Botelho Piacente afirma que não houve um erro de direito, e, sim, um caso de interpretação da arbitragem. Dessa forma, o caso será arquivado.
Entre os lances reclamados pelo Figueirense no duelocontra o líder do Brasileirão, está o lateral cobrado por Dudu, em que a bola teria quicado fora do campo antes de entrar em jogo. Na sequência, Jean marcou um dos gols do Alviverde. Entendendo que a arbitragem errou na aplicação da regra, o departamento jurídico do Figueira afirmava que houve um erro de direito, que alterou o resultado da partida. O apelo, no entanto, foi rejeitado por Piacente.
Em seu despacho, ele cita que o vídeo “deixa evidente que o árbitro da partida e seu assistente não interpretaram nenhuma irregularidade no arremesso lateral em questão, interpretando a jogada como normal, o que per se, afasta dolo ou intenção do árbitro em violar a regra 15 do futebol”.
Entenda o caso
O Figueirense protocolou no Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) um pedido de anulação da partida com o Palmeiras, válida pela 31ª rodada da Série A e realizada no último domingo, no Estádio Orlando Scarpelli, e que terminou com derrota do Furacão por 2 a 1.
O Alvinegro comunicou que fez o pedido de anulação através de seu Twitter, mas não passou nenhuma outra informação, explicando apenas na entrevista coletiva no início da tarde desta quarta-feira.
Trecho do documento protocolado pelo Figueirense no STJD diz:
– A irregularidade se observa sob dois aspectos. Como se vê na prova de vídeo anexa, a primeira flagrante ilegalidade é o fato do atleta em questão não estar de frente para o campo de jogo. A imagem é flagrante, sendo certo, inclusive, que o atleta faz o arremesso “em movimento”. A segunda e, talvez, mais grave, é o fato de que a bola não entra em jogo. Mais uma vez desprovido de qualquer subjetividade, a bola “quica” fora de campo antes de alcançar o outro atleta do Palmeiras, que dá sequência ao lance até o gol.
Fonte: Diário Catarinense