Governador de Rondônia é a retratação perfeita de seu partido quando o assunto é servidor público. O governador Confúcio Moura (PMDB), visualmente, é a candura em pessoa: sorrisinho para lá e para cá; apertos de mãos a torto e a direito e diversos tapinhas nas costas. O verdadeiro amigão da sociedade, o famigerado ‘gente boa da paróquia’, digamos assim.
Em termos de feição, difere-se completamente de seu antecessor, Ivo Cassol, muito mais sisudo e que, em tempos passados, nutria a fama de ditador intransigente ao gerir o Estado do jeito que lhe aprouvesse sem levar em conta opiniões alheias.
Moura, por outro lado, além de ser ele próprio um ‘pitaqueiro’, acolheu em sua gestão diversos outros palpiteiros das mais variadas espécies. Trouxe, por exemplo, o engodo chamado Mangabeira Unger, que por conversar fiado melhor do que ninguém e, mais ainda, carregado no sotaque norte-americano abrasileirado, caiu nas graças do peemedebista. É o tipo de gente que Confúcio gosta, admira e beneficia.
Por que estabelecer paralelos se uma coisa não tem absolutamente nada a ver com a outra? Basta perguntar aos demitidos de José de Abreu Bianco e demais servidores qual período foi melhor em termos de valorização. Logo, antes um lobo em pele de lobo do que um lobo em pele de cordeiro. Aos comissionados, os louros do Poder; aos efetivos, migalhas de sobra para que possam se refestelar.
Enquanto os que ocupam cargos de provimento em comissão no Executivo gozam das instalações maravilhosas do Centro Político Administrativo (CPA), que abriga, entre outros órgãos, o Palácio Rio Madeira, homens e mulheres de carreira que ingressaram no serviço público pela porta da frente são obrigados a passar por toda ordem de humilhação nesta administração.
Inicialmente, lidaram com impropérios de efeitos mais brandos, se sujeitando às opiniões do chefe publicadas em seu blog particular. Tiveram de ler, só para relembrar uma dessas declarações, a insinuação de que servidor público não trabalha. Poucos dias depois, nova esculhambação geral: o governador criticou veementemente a estabilidade e o direitos adquiridos conquistados por esses trabalhadores.
Fonte: Rondoniadinamica