* Vinicius Junior pode comemorar gol sobre o Botafogo com gesto de chororô? Pode, mas sabendo das possíveis consequências, como cartão amarelo, briga entre jogadores, confusão na torcida, ser mais visado e devolução de provocação em outro clássico
* Caso a provocação do atacante seja quando as diretorias costuram acordo por um estádio, deve estar ciente que implicar em abalar essa boa relação
* O Botafogo é o atual dono do Estádio Nilton Santos e tem direito de escolher que jogos quer em sua casa
* A consequência é econômica, abrir mão do valor do aluguel (R$ 100 mil). Cabe ao clube, e apenas ao clube, decidir se esse valor compensa abrir o estádio para outro time ser campeão
* O Flamengo não quis jogar a semifinal contra o Botafogo no Estádio Nilton Santos. Ora, se o estádio não servia na semi, como pode servir na final?
* Qual outro clube do mundo tem tanta tentativa de interferência em seu estádio quanto o Botafogo? Se é do clube, não faz qualquer sentido Flamengo, Ferj e mídia quererem determinar quem joga lá
* Repetir o termo “chororô” e propagá-lo como faz a mídia é esconder o mais grave: foram anos de arbitragens tendenciosas a favor do Flamengo e contra o Botafogo, como em 2007 e 2008. Ou contra o Vasco em 2014, ou contra o Fluminense em 2017
* Vinicius Junior ao comemorar com “chororô” não cumpriu uma das regras disciplinares do futebol e levou cartão amarelo. O Botafogo, ao não ceder o estádio para a final da Taça Guanabara, segue o regulamento, que fala em “aquiescência do gestor do Estádio”. Ou seja, como a mídia pode proteger o errado e criticar o certo (na ótica dos regulamentos)?
* Por fim, o Botafogo errou em sua nota oficial, ao usar o “chororô” como argumento para vetar o estádio. Sequer precisava dar motivo. Mas acertou em não liberar o Nilton Santos. Quem não tem estádio que sente, chore e procure outro lugar para jogar