Maranhão avançou no combate à tuberculose e na ampliação da assistência à pacientes com a doença. (Foto: Wéllida Nunes)
O Maranhão avançou no combate à tuberculose e na ampliação da assistência à pacientes com a doença. Com o trabalho de capacitação de profissionais, monitoramento de casos e aquisição de equipamentos, o Governo do Estado, por meio da Secretaria de Estado da Saúde (SES), tem atuado para reduzir a incidência de novos casos e alertar a população para a importância de se diagnosticar, aderir e completar o tratamento.
A tuberculose é um dos maiores desafios de saúde pública em todo o mundo. A doença infectocontagiosa é transmitida por vias aéreas – ao falar, espirrar e tossir. Segundo o Ministério da Saúde (MS), anualmente, são notificados 70 mil novos casos e mais de quatro mil mortes em decorrência do problema.
Em 2017, foram diagnosticados 2.583 casos de tuberculose no Maranhão, de acordo com o Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan). “Mesmo sendo uma doença antiga, a tuberculose ainda é um desafio às gestões em saúde. Ela mata, contudo, seu tratamento está disponível gratuitamente através do Sistema Único de Saúde. Todo esse cenário, leva a gestão Flávio Dino a concentrar esforços e investimentos em políticas que preparem melhor os profissionais de saúde e leve informação à população”, destacou o secretário de Estado da Saúde, Carlos Lula.
Ações
Neste domingo (25), encerra a Campanha Estadual de Combate à Tuberculose no Maranhão. Entretanto, as ações do Programa Estadual de Controle da Tuberculose acontecem durante todo o ano. O principal foco é a capacitação de profissionais de saúde para detecção, manejo e tratamento dos pacientes.
No ano passado, 236 profissionais de saúde receberam capacitações e 62 municípios supervisão. “O papel do Estado é treinar e capacitar as equipes das Unidades Básicas de Saúde dos municípios, para que eles estejam aptos a fazer o diagnóstico, tratamento, vigilância de contato e monitoramento desses pacientes. Paralelo a isso, são necessários os exames para diagnóstico. O Laboratório Central de Saúde Pública do Maranhão faz o recebimento dessas amostras”, explicou a chefe do Departamento de Epidemiologia da SES, Léa Márcia Melo da Costa.
Alguns grupos populacionais possuem maior vulnerabilidade devido às condições de saúde e de vida a que estão expostos. É o caso de indígenas, população privada de liberdade, vivendo com HIV/Aids e/ou em situação de rua. Nesse sentido, o programa estadual também realiza atividades para contornar esse cenário.
É o caso das ações voltadas para pessoas privadas de liberdade. Em 2017, foram feitas visitas técnicas a 14 unidades prisionais de São Luís e sete no interior do estado, nos municípios de Rosário, Paço do Lumiar, Coroatá, Itapecuru, Zé Doca, Chapadinha e Timon.
(Foto: Wéllida Nunes)
A coordenadora do Programa Estadual de Controle da Tuberculose da SES, Rosany Leandra, destacou o trabalho realizado pelas equipes do programa nas populações vulneráveis. “Esses públicos estão mais suscetíveis ao contágio, por isso, reforçamos com eles as estratégias de prevenção com conversas, panfletos e consultas. Não podemos deixar a orientação sobre a tuberculose ficar esquecida, todo o Maranhão está unido no combate a esta doença”, disse.
Assistência a Pacientes em tratamento de tuberculose também foram beneficiados com ações, seja no acesso ao tratamento ou estruturação permanente do Hospital Presidente Vargas, equipamento ligado à SES referência no tratamento de HIV, tuberculose e doenças tropicais.
A unidade estadual, que atende mais de 60 pacientes por dia com consultas e exames específicos para diagnóstico da doença, teve o ambulatório voltado para a tuberculose readequado para atender com mais qualidade e conforto.
A diretora-geral do Hospital Presidente Vargas, Leyna Lima, explica que o ambulatório centraliza os atendimentos e evita o contato com outros pacientes acometidos por outras doenças. “O ambulatório foi readequado para os pacientes em tratamento de tuberculose, com salas amplas com ventilação, equipe médica capacitada para este tipo de atendimento e toda estrutura acolhedora para eles”.
Teste Rápido Molecular
Maranhão avançou no combate à tuberculose e na ampliação da assistência à pacientes com a doença. (Foto: Wéllida Nunes)
Para o espaço, foi adquirido um novo equipamento para diagnóstico mais preciso e rápido da doença. O Teste Rápido Molecular, disponível há duas semanas à população, é capaz de detectar a doença em duas horas e com risco mínimo de contaminação, uma vez que a análise é totalmente automatizada, sem a necessidade de manuseio das amostras pelo profissional de saúde responsável pelo exame.
Além disso, o teste identifica – também de forma mais rápida e com maior precisão – resistência ou não à rifampicina, o antibiótico usado no tratamento da tuberculose, o que facilita a prescrição também mais ágil e correta do tratamento da doença.
“Quanto mais rápido é o diagnóstico da tuberculose, mais rápida também é a cura e menor é o risco de sequela ao paciente e de disseminação da doença”, afirmou a diretora Leyna Lima. Continuam sendo oferecidos na unidade saúde a baciloscopia, escarro e exames laboratoriais, raio X e ultrassom.
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