“Nado as provas de medley de 200 e 400 metros, as mesmas que o Thiago Pereira foi campeão”. – diz Pedro Morrot, orgulhoso. Este atleta jovem, de dezessete anos, sagitariano, que gosta de açaí e comida caseira e se diz um homem romântico tem o medalhista olímpico e mundial, recordista nacional em Pan-Americanos, e o nadador americano recordista em medalhas de ouro em uma mesma Olimpíada Michael Phelps como suas duas grandes inspirações. “Ser campeão é o que eu busco”, – afirma o rapaz, que aos seis anos de idade já mostrava que tinha talento. Na época, seu professor de natação disse a seus pais que Pedro se destacava muito graças a uma técnica própria de absorver os estilos e uma linha corporal que desliza na superfície da água.
O destino não poderia ser outro. Foi parar no Flamengo no Rio de Janeiro e o clube rapidamente tratou de potencializar sua performance, sob o comando do técnico Rogério Karfunkelstein. Pedro treina de seis a sete horas diárias e estuda à noite. Este mês, dois importantes campeonatos estão em sua agenda. O primeiro será o campeonato brasileiro, que acontecerá no estádio Maria Lenk entre os dias 17 a 21 de abril. Em seguida, parte para o Marrocos, pela seleção brasileira, para disputar o Gymnasiade, como resultado de sua colocação em primeiro lugar no ranking absoluto em sua modalidade. “É a primeira vez que vou para o exterior para uma competição.” – diz ele, que mesmo com pouco tempo de sobra, ainda arranja um jeitinho de se dedicar a outras duas paixões: o surf e o skate.
Além das provas em piscinas, Pedro já conquistou medalhas nadando no mar aberto, entre elas o prêmio de melhor na sua categoria na travessia do Rei do Mar, prova de 7 KM.
Entre os sonhos deste menino focado e muito decidido está investir na carreira de modelo fotográfico para ajudar nas despesas da família. Se depender do consagrado fotógrafo Daniel Bennassi, o sucesso na frente das lentes está garantido. “Estilo é o que não falta para Pedro.” – diz o expert. No futuro, ele também tem vontade de cursar uma faculdade nos Estados Unidos e lembra que o sucesso internacional como atleta pode ajudá-lo a ingressar numa boa universidade.
Quando indagado sobre o apoio dos pais, o rapaz é categórico. “Eles me apoiam muito e são o meu porto seguro.” A família trocou a região dos lagos pelo Rio de Janeiro e não mede esforços para ajudá-lo a conquistar seu sonho de subir no lugar mais alto do pódio olímpico. Hoje, Pedro Morrot conta com uma estrutura de apoio, que envolve uma RP, a publicitária Suzy Moraes, da Agência Mais Atitude, e a gestora de carreira e empresária Lívia Inada. “É preciso se profissionalizar. Não dá para sonhar em se destacar, sem uma estrutura por trás.”- conclui.