A equipe de operações do NPCA (Núcleo de Proteção a Criança e ao Adolescente) da PCRR (Polícia Civil de Roraima) cumpriu um mandado de prisão nesta quarta-feira,18, contra M.A.O.R., 23 anos, acusado de estuprar uma adolescente de 17 anos, no dia 14 de março deste ano, no bairro Raiar do Sol.
Segundo as investigações, a vítima caminhava por uma das ruas do bairro e falava ao celular quando M. teria decidido roubá-la. Intimidando-a com uma faca, levou a jovem até um galpão abandonado onde além de roubar o celular, o acusado a teria violentado sexualmente, violência constatada inclusive no laudo do exame de conjunção carnal realizado na vítima.
Após o crime, M. teria fugido do local e da casa onde estava hospedado, no Raiar do Sol, para tentar despistar as investigações dos policiais do NPCA. As investigações seguiram e resultaram na descoberta de outro crime atribuído a ele, o estupro de uma adolescente de 15 anos ocorrido em 2016, crime pelo qual o acusado cumpriu seis meses de prisão e depois foi solto.
Depois de ouvir várias testemunhas do caso, e até amigos do acusado, a delegada titular do Núcleo, Jaira Farias, pediu a decretação da prisão preventiva. M. foi encontrado em um centro de reabilitação para dependentes químicos localizado no bairro Hélio Campos.
Segundo delegada, o acusado assumiu ser dependente químico e assumiu também a autoria do primeiro caso de estupro. “Ele admitiu ser usuário de drogas e também confirmou o estupro da adolescente de 15 anos, do qual ainda responde pelo crime, mas negou ter roubado o celular, estuprado a adolescente de 17 anos”, informou a delegada.
Depois dos procedimentos documentais, M.A.O.R foi encaminhado à Cadeia Pública de Boa Vista onde aguardará o julgamento.
Polícia investiga crimes e pede registro de ocorrências
A Polícia Civil, por meio do NPCA, tem atuado incansavelmente para solucionar os crimes praticados contra crianças e adolescentes em Roraima, e conta com a cooperação da sociedade denunciando crimes e contribuindo com as investigações para que os acusados sejam entregues a Justiça.
Além das duas acusações, M.A.O.R. é também suspeito de estuprar outras mulheres daquela mesma área, mas as vítimas nunca registraram boletim de ocorrência, impossibilitando o trabalho da polícia.
“Quando as vítimas não denunciam, não registram o BO, a polícia não é informada e por isso não pode fazer nada. Não é preciso ter medo. Todos os casos que chegam nas nossas mãos, temos a obrigação de dar uma resposta a altura, que toda a sociedade merece”, finalizou a delegada Jaira Farias.