Para que as comunidades indígenas tenham acesso à educação de qualidade, o Governo do Estado por meio da Seed (Secretaria Estadual de Educação e Desporto) tem investido na valorização dos profissionais que atuam na educação indígena, com a promoção de cursos voltados para a formação continuada de professores.
Por meio do Ceforr (Centro Estadual de Formação dos Profissionais da Educação de Roraima) são realizados cursos para formação de professores que atuam nas áreas indígenas, como os cursos de magistério para a formação de professores: Tamî’kan, Amooko, Yarapiari e Murumurutá, que formam professores indígenas em magistério profissionalizante de nível médio, com habilitação específica bilíngue, multilíngue e intercultural.
O Tamî’kan, que em macuxi quer dizer “sete estrelas”, busca formar professores que já atuam como docentes nas comunidades indígenas, mas que não têm formação em Magistério.
No Yarapiara (nome dado ao espírito do sabiá), são capacitados índios da etnia Yanomami e também forma professores que atuam sem Magistério. Na capacitação os docentes aprendem História, Geografia, Língua Portuguesa, Matemática, Biologia, Educação Física, Educação Ambiental, princípios da Educação e Pesquisa Científica.
O Murumurutá (pássaro na língua Macuxi) atende professores das etnias Macuxi e Wapichana, com a finalidade de aprimorar os conhecimentos na língua materna.
O curso Amooko Iisandan é específico para a formação de professores da etnia Ingarikó.
Atualmente, o Estado de Roraima possui 382 escolas estaduais, sendo que 259 estão localizadas em áreas indígenas, com 1541 professores indígenas e somando mais de 15.600 alunos matriculados, atendendo as etnias Yanomami, Macuxi, Taurepang, Wapixana, Yekuana, Ingarikó e Patamona.
O secretário estadual de Educação, José Gomes, explicou que o Governo tem cada vez mais ouvido as reivindicações e atendendo dentro das possibilidades as lideranças indígenas. “Inclusive estamos organizando junto à Auditoria e o Conselho Estadual de Educação, o Projeto de Política Pedagógica, e a realização de concurso público, que também são reivindicações dessas comunidades”, informou.