O Governo do Estado irá oferecer curso de especialização aos profissionais da rede de proteção ligados ao programa Pró-Família. O anúncio da capacitação foi feito pelo governador Pedro Taques, durante a abertura oficial do 2º Seminário Acompanhamento Familiar do Programa Pró-Família, realizado no Centro de Eventos do Pantanal, nesta quarta-feira (25.04).
Para a especialização serão ofertadas 500 vagas as assistentes sociais e psicólogos, além de 1.500 vagas para a capacitação voltada aos agentes comunitários de saúde. Os cursos serão realizados pela Secretaria de Estado de Trabalho e Assistência Social (Setas), em parceria com a Universidade do Estado de Mato Grosso (Unemat), devendo ser implantados ainda este ano.
“Precisamos capacitar os profissionais para que eles possam estar preparados para transformar a realidade das pessoas onde elas vivem”, disse o governador.
Atualmente mais de 2.497 profissionais, entre agentes comunitários de saúde e assistentes sociais, participam do Pró-Família. Em Mato Grosso, o programa está presente em 124 municípios, assistindo mais de 15 mil famílias.
Entre os profissionais que atuam no projeto está a assistente social da cidade de Juara, Uyara Leal. Para ela, a especialização chegará em uma boa hora para aperfeiçoar o conhecimento e fortalecer o programa nos municípios atendidos.
“A notícia da pós-graduação caiu como uma luva. Todos nós queremos nos especializar. Mesmo já tendo uma especialização, sempre é bom aumentar o conhecimento”, destacou a assistente social.
Ainda na cerimônia, a secretária Adjunto de Assistência Social da Setas, Marile Cordeiro Ferreira, anunciou que irá encaminhar para o governador no dia 15 de maio, data em que se comemora o Dia do Assistente Social, o projeto de lei da Assistência Social, carga horário de trabalho de 30 horas e o piso salarial.
Seminário
Mais de duzentos profissionais, entre psicólogos e assistentes sociais, estão participando do 2º Seminário Acompanhamento Familiar do Programa Pró-Família. Na oportunidade está sendo apresentado a metodologia de trabalho do programa Família Paranaense, que é referência no país em acompanhamento de famílias em situação de vulnerabilidade.
De acordo com a assistente técnica do programa no Rio Grande do Sul, Denise Zimmermann, a preparação do profissional de acompanhamento familiar é importante, principalmente na forma de abordagem a família.
“Na visita familiar, às vezes, a família pode achar muito invasiva. Então, temos que pensar que de alguma forma estamos entrando na casa da família e devemos fazer isso com muito cuidado e não invasivo. A família também precisa estar mais engajada. A percepção e sensibilidade do profissional é fundamental”, disse Denise, destacando que o programa existe há seis anos no Estado paranaense e está presente em 300 municípios.
A secretária de Estado de Trabalho e Assistência Social (Setas), Mônica Camolezi, explicou que o programa entra para uma nova fase, quando as famílias estão recebendo a transferência de renda e o órgão começa o trabalho técnico de acompanhamento familiar para que as famílias possam sair da extrema pobreza.
“Estamos revolucionando a assistência social no Estado. Hoje são mais de 15 mil famílias que não estão vivendo abaixo da linha da pobreza. Apesar da pobreza ter aumentado mais de 30% no país, em Mato Grosso reduzimos em quase 2%. Isto é resultado do trabalho de todos os profissionais ligados ao programa”, disse.