Programa Farmácia Viva está sendo implantado em São Mateus. (Foto: Divulgação)
Os benefícios do Programa Farmácia Viva, coordenado pela Secretaria de Estado da Saúde (SES), chegarão em junho ao município de São Mateus, quando o primeiro horto será inaugurado na Unidade Básica de Saúde (UBS) Airton Sena. A primeira capacitação do programa aconteceu, na terça-feira (15), com 138 participantes, entre representantes da comunidade e profissionais de saúde, no salão paroquial da Igreja Matriz.
O Programa Farmácia Viva, que já tem a adesão de 100 municípios maranhenses, estimula e orienta a população a fazer o uso correto das plantas medicinais, agregando o conhecimento popular respaldado cientificamente à atenção primária à saúde. Para isso, é construído pelo município participante um horto, com cerca de 70 espécies de plantas medicinais, também é feita a capacitação de técnicos para cultivar e saber os usos terapêuticos de cada espécie.
Os hortos podem ser implantados em unidades básicas, em Centro de Atenção Psicossocial (Caps), em escolas ou até na casa de moradores. As mudas são fornecidas pela SES. “As plantas não vêm para substituir de imediato um medicamento, mas para ajudar no tratamento. Muitas vezes, elas diminuem o uso do medicamento. A Farmácia Viva orienta para o uso correto dessas plantas. Um custo baixo e um grande retorno”, diz o secretário adjunto da Política de Atenção Primária e Vigilância em Saúde da SES, Marcelo Rosa.
Em São Mateus, a primeira capacitação tratou das orientações e usos das plantas que serão usadas no horto, entre elas a xanana, vick, boldo, alecrim, romã. A segunda, que acontecerá em junho juntamente com a inauguração do horto, envolverá as preparações, como a infusão correta de chás, fabricação de pomadas e xaropes, dentre outros procedimentos. Na ocasião, também serão realizadas as rodas de conversa sobre o tema.
A coordenadora do Programa Farmácia Viva da SES, Kallyne Bezerra, conta que dos 100 municípios que aderiram ao programa, 50 já passaram por capacitação e 50 estão em processo de realização das oficinas. Finalizadas essas etapas, a SES passa a acompanhar e monitorar as ações municipais.
“São 100 gestores, 100 órgãos públicos, 100 comunidades que acreditaram que as plantas podem funcionar no Sistema Único de Saúde, como adjuvante no tratamento das mais diversas patologias. Em São Mateus, já usam algumas plantas, só que não faziam uso da forma correta, o que vão aprender agora”, diz a coordenadora do Farmácia Viva, Kallyne Bezerra.
As espécies cultivadas auxiliam no tratamento de problemas renais, gastrite, dores musculares, diabetes, disfunções hepáticas, hepatites, verminoses, amidalite, doenças gastrointestinais e gripe.
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