Como forma de compreender a rotina diplomática da Bélgica em Brasília, alunos do quinto ano da Escola Classe Aspalha, da área rural do Lago Norte, tiveram a oportunidade de simular atividades típicas da função.
A aluna Anny Gouveia Duarte, de 10 anos, foi escolhida como embaixadora interina durante a visita. Foto: Tony Winston/ Brasília
A visita à representação do país no Brasil, no Setor de Embaixadas Sul, ocorreu nesta quinta-feira (24), no âmbito do programa Embaixadas de Portas Abertas.
Recepcionados pelo embaixador da Bélgica no Brasil, Dirk Loncke, e pelo ministro-conselheiro Hendrick Hoggen, os alunos percorreram a chancelaria e os jardins do prédio, projetado pelo paisagista Burle Marx na década de 1960.
O Embaixadas de Portas Abertas proporciona intercâmbio cultural de alunos da rede pública de ensino do Distrito Federal e fortalece o processo de internacionalização de Brasília.
No escritório do embaixador, Anny Gouveia Duarte, de 10 anos, foi escolhida embaixadora interina durante a visita. Com apoio dos colegas, ela leu e assinou uma carta fictícia preparada pela equipe técnica da sede diplomática.
Os alunos indagaram sobre o sistema político belga, a colonização na África Central e a cultura de inclusão e diversidade sexual no país
O documento, endereçado ao técnico da Seleção Brasileira, Tite, pedia dicas para a seleção belga vencer a Copa do Mundo na Rússia. Na residência oficial, as crianças participaram de uma apresentação sobre a tradição e os costumes belgas.
Entre os dados comentados estavam os três idiomas oficiais do país (holandês, francês e alemão), as principais cidades e atividades econômicas, como comércio de diamantes na Antuérpia.
Os alunos demonstraram que se prepararam bastante para a visita. Eles questionaram o ministro-conselheiro sobre o sistema político, a colonização que a Bélgica empreendeu em países da África Central, e a cultura de inclusão e diversidade sexual.
A atividade surpreendeu positivamente o corpo diplomático da Bélgica. “Não é uma visita comum, e nós ficamos um pouco apreensivos, para ser bem honesto. Quando as crianças chegaram, nós ficamos muito felizes por elas prestarem muita atenção a tudo, por terem feito várias perguntas e por serem tão educadas”, disse Hoggen.
A troca de experiências é válida tanto para quem recebe quanto para quem faz a visita, de acordo com a colaboradora do governo de Brasília Márcia Rollemberg.
“Esse é um exercício de aprendizagem para a escola e para a embaixada. É muito importante ampliar os horizontes e expandir o discurso diplomático para interculturalidade, para a formação das nossas crianças”, defendeu.
O programa Embaixadas de Portas Abertas
O Embaixadas de Portas Abertas começou, como piloto, em 2015 e foi instituído oficialmente em 9 de agosto de 2017.
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A iniciativa é uma parceria da Assessoria Internacional com a Secretaria de Educação e a Sociedade de Transportes Coletivos de Brasília (TCB) — que leva os alunos às embaixadas.
As representações diplomáticas interessadas em participar podem enviar e-mail para [email protected].
As atividades fazem parte do programa Criança Candanga, conjunto de políticas públicas voltadas para a infância e a adolescência em Brasília.
Edição: Vannildo Mendes
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