Reeducandos da unidade prisional de Barra do Bugres estão participando de uma atividade que remete às raízes da cultura do estado. Por meio do Ponto de Cultura ‘Me chama que eu vou’, da Associação Musical e Cultural do município, eles estão aprendendo a confeccionar violas de cocho, instrumento tradicional da música mato-grossense e utilizado nas rodas de siriri e cururu, danças típicas ribeirinhas, especialmente no Pantanal.
O projeto é desenvolvido com recursos da Secretaria de Estado de Cultura e a inciativa em levar a atividade para dentro de uma unidade prisional é do professor Manoel Farias de Oliveira. ” A intenção é levar a cultura cidadã e tornar essa arte popular mais próxima das pessoas. Com isso esperamos ter novos artesãos da viola”, diz o professor, conhecido como Maninho.
As oficinas de viola de confecção da viola de cocho são desenvolvidas também com alunos do projeto Nova Integração, da Polícia Militar de Barra do Bugres.
A viola de cocho recebe este nome por ser confeccionada em tronco de madeira inteiriço, esculpido no formato de uma viola e escavado na parte que corresponde à caixa de ressonância. O instrumento é feito da mesma maneira como se faz um cocho, objeto usado para colocar alimentos para animais na zona rural. Nesse “cocho” é afixado um tampo e as partes que caracterizam o instrumento, como o cavalete, espelho, rastilho e as cravelhas. A viola de cocho foi reconhecida como patrimônio imaterial brasileiro em dezembro de 2004.
Com informações do Blog Alcides Viola de Cocho