Vai fazer o ENEM (Exame Nacional do Ensino Médio), porém ainda não tem ideia da profissão que vai escolher?
Não se preocupe, pois você não está só!
Levantamentos realizados ao redor do mundo mostram que de 70 a 80% das pessoas sentem-se insatisfeitas em seu trabalho atual.
E isso tem muito a ver com a escolha na adolescência, nessa mesa fase da vida: a escolha do que estudar para “se tornar” profissional.
Conversamos com a Coach de Realização Profissional, Helô Scarantino, para ajudar nessa transição de Ensino Médio para a universidade.
Confira!
As inscrições do ENEM já terminaram e o foco são os estudos. Mas nem todos sabem qual profissão seguir. O que você aconselha para esses jovens?
Helô Scarantino – Nessa fase, algumas etapas são muito importantes:
- autoconhecimento (com assuntos que gosto e meus pontos fortes);
- pesquisar sobre profissões que chamem a sua atenção (frequente palestras, feiras de profissões etc.)
- estudar o mercado (pesquise sobre quais são as perspectivas dessa carreira/profissão em um prazo de 3 a 5 anos);
- não pensar apenas no salário (esse é apenas uma consequência da sua evolução profissional que tem tudo a ver com a sua contribuição efetiva).
Sabemos que há um grande número de desistências nas universidades nos primeiros semestres. Quais os maiores erros que os universitários cometem na hora de optar por uma determinada carreira?
Helô Scarantino – Um dos equívocos mais comuns tem a ver com escolher profissões que estejam em “alta” no momento.
Então, deixando de pesquisar um pouco mais sobre a profissão quer seja conversando com pessoas que atuam na área ou mesmo olhando a grade curricular do curso a ser escolhido.
Outro ponto muito importante tem a ver com o fato de que se antigamente tínhamos poucas opções de cursos.
Entretanto, atualmente vivemos uma situação oposta: excesso de opções (280, para ser mais exata).
Isso acaba dificultando (e muito) a fase de escolha profissional dos jovens.
Num primeiro momento pode até parecer estranho, mas faz muito sentido devido à um fenômeno conhecido como “Paradoxo da Escolha”, conceito trazido à tona por Barry Schwartz, psicólogo e professor de Teoria Social.
Segundo ele, o excesso de possibilidades de escolha está tornando as pessoas mais ansiosas, deixando-as com mais dúvidas e, consequentemente, com maiores frustrações.
Para lidar com isso, precisamos ter clareza do que trazemos como essência (dons e talentos), daquilo que faz nossos olhos brilharem (paixão) e do que significa sucesso para nós.
E isso pode ir muito além de dinheiro, status e poder.
Como coach, você acha que a faixa de 17/18 anos é certa para que uma pessoa escolha a profissão que irá exercer por boa parte (ou toda) da vida? Qual o papel dos pais e professores na orientação desses jovens para que escolham a carreira mais assertiva?
Helô Scarantino – Fazer escolhas “definitivas” com 17, 18 anos é algo muito angustiante e com toda razão, afinal, escolher uma profissão para “toda a vida” é uma responsabilidade gigante.
Especialmente nessa fase da vida em que ainda estamos nos conhecendo, assim como desbravando melhor o mundo ao nosso redor e suas (infinitas) possibilidades…
O palestrante e futurólogo Thomas Frey afirma que “60% das profissões dos próximos dez anos ainda não foram inventadas”.
Com a velocidade das mudanças do mundo atual, acredito que isso não seja um número muito fora da realidade.
Diante dessa perspectiva, a escola e a família podem ajudar muito aos jovens entenderem que o processo de escolha do curso superior é apenas a “primeira” etapa na construção de uma carreira e não deixá-los com o peso de uma escolha “definitiva”.
Um ponto importante a ressaltar é que a família tem grande influência nesse momento, além de ter o poder de colocar (ou não) grande pressão durante essa fase.
Mas precisamos estar atentos que, muitas vezes, a opinião de nossa família pode conter medos e crenças limitantes sobre alguns temas.
A “segurança” e a “estabilidade” costumam ter um peso muito grande, mesmo que isso cause certa insatisfação no outro.
Por outro lado, a escola também pode ajudar muito, promovendo ações de autoconhecimento e o ações como feiras de profissões, por exemplo.
Em sua experiência, o que mais faz com que um profissional seja feliz em seu trabalho?
Helô Scarantino – Algumas pesquisas mostram que de 70 a 80% das pessoas sentem-se insatisfeitas em seu trabalho atual.
Em minha visão, a realização profissional ocorre quando usamos nossos talentos, vivendo nossas paixões à serviço de nossos clientes (empresas ou pessoas que valorizam, precisam e contratam nosso trabalho).
E o que deixa a pessoa mais infeliz?
Helô Scarantino – Priorizar a questão financeira como o grande norteador da escolha pode ser uma grande armadilha, afinal, o “sucesso” no sentido financeiro pode até vir, mas o “preço” a pagar poderá ser bem alto!
Afinal, como diz Anthony Robbins: “Sucesso sem felicidade é fracasso.”
Serviço:
Helô Scarantino – Coach de Realização Profissional
www.heloscarantino.com.br ou www.facebook.com/heloscarantinocoach
(Assessoria de Imprensa: Priscilla Silvestre)