Em abril, pela primeira vez no ano, o setor de serviços cresceu frente ao mês anterior, avançando 1,0% em relação a março (série com ajuste sazonal). Em comparação a abril de 2017 (série sem ajuste sazonal), o volume de serviços cresceu 2,2%, a taxa mais alta desde março de 2015 (2,3%). Com isso, o acumulado do ano ficou em -0,6% e o dos 12 meses, em -1,4%, a taxa negativa menos intensa desde agosto de 2015 (-1,2%).
O crescimento foi acompanhado por quatro das cinco atividades investigadas, com destaque para transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio (1,2%) e serviços profissionais, administrativos e complementares (1,7%). Os demais resultados positivos vieram de serviços prestados às famílias (1,5%) e de outros serviços (0,7%). Por outro lado, o único impacto negativo veio dos serviços de informação e comunicação (-1,1%). O agregado das atividades turísticas subiu 3,3% na passagem de março para abril. O material de apoio da PMS está à direita desta página.
Indicadores da Pesquisa Mensal de Serviços
Brasil – Abril de 2018
Período
Variação (%)
Volume
Receita Nominal
Abril 18 / Março 18*
1,0
0,9
Abril 18 / Abril 17
2,2
4,6
Acumulado Janeiro-Abril
-0,6
1,9
Acumulado nos Últimos 12 Meses
-1,4
2,9
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Indústria
*série com ajuste sazonal
Ainda na série com ajuste sazonal, o índice de média móvel trimestral para o volume de serviços avançou 0,3% no trimestre encerrado em abril de 2018 frente ao mês anterior, revertendo, assim, o comportamento negativo de fevereiro (-0,2%) e março (-0,7%).
Entre os setores, ainda em relação ao movimento deste índice na margem, os serviços prestados às famílias (1,1%) e os serviços profissionais, administrativos e complementares (0,7%) mostraram os avanços mais acentuados neste mês. O setor de transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio variou 0,1% e duas atividades apontaram estabilidade em abril: outros serviços (0,0%) e serviços de informação e comunicação (0,0%).
Em relação a abril de 2017, o volume do setor de serviços cresceu 2,2%, com resultados positivos em quatro das cinco atividades e em 54,2% dos 166 tipos de serviços investigados. Entre as atividades, os transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio (4,4%) tiveram o principal impacto positivo, impulsionados, sobretudo, pelo aumento na receita dos transportes rodoviários de cargas, coletivo de passageiros, transporte aéreo, correio e operação de aeroportos. Os demais avanços vieram de outros serviços (11,4%), de serviços profissionais, administrativos e complementares (2,7%) e de serviços prestados às famílias (0,8%). Por outro lado, a única atividade que caiu foi serviços de informação e comunicação (-1,6%), pressionada, em grande parte, pela menor receita real das telecomunicações.
O acumulado do ano recuou 0,6%, com taxas negativas em três das cinco atividades e em 56,0% dos 166 tipos de serviços investigados. Entre as atividades, os serviços de informação e comunicação (-3,2%) exerceram o principal impacto negativo, pressionados, em grande parte, pela retração na receita dos segmentos de telecomunicações e de consultoria em tecnologia da informação. As demais influências negativas vieram dos serviços profissionais, administrativos e complementares (-1,2%) e dos serviços prestados às famílias (-1,6%). Em contrapartida, os impactos positivos ficaram com transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio (1,9%) e outros serviços (4,1%).
Pesquisa Mensal de Serviços
Indicadores do Volume de Serviços, segundo as atividades de divulgação
Abril 2018 – Variação (%)
Atividades de Divulgação
Mês/Mês anterior (1)
Mensal (2)
Acumulado no ano (3)
Últimos 12 meses (4)
FEV
MAR
ABR
FEV
MAR
ABR
JAN-FEV
JAN-MAR
JAN-ABR
Até FEV
Até MAR
Até ABR
Volume de Serviços – Brasil
0,0
-0,2
1,0
-2,3
-0,9
2,2
-1,9
-1,5
-0,6
-2,4
-2,1
-1,4
1. Serviços prestados às famílias
-0,8
2,8
1,5
-5,2
1,0
0,8
-4,0
-2,4
-1,6
-0,8
-0,5
-0,1
1.1 Serviços de alojamento e alimentação
-0,1
2,6
1,6
-4,8
2,2
1,6
-3,5
-1,7
-0,9
0,0
0,4
0,7
1.2 Outros serviços prestados às famílias
-1,2
1,0
0,0
-7,4
-5,0
-3,6
-6,6
-6,1
-5,5
-5,5
-5,2
-4,8
2. Serviços de informação e comunicação
-1,0
2,2
-1,1
-5,2
-0,9
-1,6
-5,1
-3,7
-3,2
-2,8
-2,8
-2,7
2.1 Serviços de tecnologia da informação e comunicação (TIC)
-0,6
3,6
-2,0
-5,4
0,3
-2,1
-5,1
-3,3
-3,0
-1,9
-1,7
-1,8
2.1.1 Telecomunicações
-1,2
0,8
-1,5
-6,8
-4,3
-5,1
-6,8
-5,9
-5,7
-3,9
-4,1
-4,4
2.1.2 Serviços de tecnologia da informação
-0,5
6,9
-2,4
-1,9
11,5
5,6
-0,9
3,3
3,9
1,0
2,1
2,4
2.2 Serviços audiovisuais
-0,4
-5,0
4,4
-4,1
-8,4
1,1
-5,2
-6,3
-4,5
-7,6
-8,0
-7,1
3. Serviços profissionais, administrativos e complementares
2,1
-1,6
1,7
-1,5
-2,7
2,7
-2,5
-2,6
-1,2
-6,3
-5,7
-4,6
3.1 Serviços tecnico-profissionais
1,6
-3,8
5,2
0,2
-2,1
8,0
-1,3
-1,6
0,8
-10,1
-8,9
-6,7
3.2 Serviços administrativos e complementares
1,6
-1,6
1,1
-2,1
-2,9
1,1
-2,9
-2,9
-1,9
-4,1
-3,8
-3,1
4. Transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio
-0,3
-0,6
1,2
0,6
-0,8
4,4
2,2
1,1
1,9
3,2
3,3
3,8
4.1 Transporte terrestre
-0,2
-2,0
4,4
0,5
1,4
5,6
1,8
1,6
2,6
1,9
2,6
3,4
4.2 Transporte aquaviário
-2,7
-5,0
4,9
13,7
1,2
-7,0
12,8
8,4
3,9
21,0
21,0
18,2
4.3 Transporte aéreo
-12,3
6,7
10,7
-19,9
-14,4
7,8
-9,3
-11,2
-6,7
-18,4
-18,9
-17,0
4.4 Armazenagem, serviços axiliares aos transportes e correio
0,8
-2,0
1,3
4,2
-0,6
4,6
4,1
2,4
3,0
8,5
8,0
8,1
5. Outros serviços
-0,5
-0,2
0,7
1,7
2,2
11,4
1,6
1,8
4,1
-7,7
-6,3
-4,1
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Indústria
(1) Base: mês imediatamente anterior – com ajuste sazonal
(3) Base: igual período do ano anterior
(2) Base: igual mês do ano anterior
(4) Base: 12 meses anteriores
RESULTADOS REGIONAIS
Regionalmente, entre março e abril (série com ajuste), houve altas em 11 dos 27 estados. Os destaques positivos foram São Paulo (1,7%) e Rio Grande do Sul (5,7%). Por outro lado, as principais influências negativas vieram da Bahia (-5,5%) e do Paraná (-2,1%).
Em relação a abril de 2017, a expansão do volume no Brasil (2,2%) foi acompanhada por 12 das 27 unidades da federação. São Paulo (5,1%) exerceu o principal impacto positivo e alcançou a maior taxa desde março de 2015 (5,4%). Outras contribuições relevantes vieram do Rio Grande do Sul (6,8%), Distrito Federal (5,3%) e Espírito Santo (9,6%). Por outro lado, os recuos mais importantes vieram da Bahia (-11,2%) e do Rio de Janeiro (-1,1%).
AGREGADO ESPECIAL DE ATIVIDADES TURÍSTICAS
O índice de atividades turísticas avançou 3,3% entre março para abril de 2018, segunda taxa positiva. Regionalmente, houve altas em sete das 12 unidades da federação, com destaque para São Paulo (5,3%). Outros impactos positivos vieram da Bahia (3,0%), Minas Gerais (2,5%) e Rio Grande do Sul (3,7%). Já o Rio de Janeiro (-2,0%) mostrou a principal queda.
Em relação a abril de 2017, o volume de atividades turísticas no Brasil cresceu 2,2%, impulsionado, principalmente, pelo aumento dos serviços de hotéis e de transporte aéreo. Em sentido oposto, os restaurantes exerceram a influência negativa mais importante sobre os serviços turísticos. O turismo nacional volta a crescer após 14 taxas negativas e uma estável e seu resultado nesse mês é o mais elevado desde setembro de 2014 (3,7%).
Em nove dos 12 estados onde o indicador é investigado houve altas, com destaque para São Paulo (3,0%). Outras contribuições positivas vieram de Santa Catarina (10,5%), Minas Gerais (5,9%), Rio Grande do Sul (5,8%) e Espírito Santo (17,4%). Já o impacto negativo mais importante foi o Rio de Janeiro (-6,0%), com sua 24ª taxa negativa consecutiva.