Eventos debatem ações de combate a hepatites virais e HIV/Aids. (Foto: Marcio Sampaio)
O Governo do Estado mantém diálogo permanente com gestores, sociedade médica e civil sobre estratégias de enfrentamento, rede de atenção e linhas de cuidados às hepatites virais e HIV/Aids no Maranhão. O debate teve início, nesta terça-feira (19), com a abertura oficial do III Congresso Maranhense de Aids, I Congresso Maranhense das hepatites virais e II Seminário das Cidadãs Positivas do Estado do Maranhão, que acontecem até a quinta-feira (21), na Faculdade Pitágoras.
O tema principal adotado é ‘Reinvenção da prevenção, do diagnóstico, da cascata de tratamento das IST/Aids e hepatites virais em equidade e compromisso de aceleração da resposta maranhense’.
Segundo o secretário de Estado da Saúde, Carlos Lula, os eventos são uma importante fonte de ideias, servindo para se refletir sobre o assunto e levantar propostas de ação.
“O combate a essas doenças é um desafio de saúde, mas, sobretudo, um desafio de comunicação. Precisamos entender e comunicar essas doenças no âmbito do século XXI. Temos uma explosão de casos novos, principalmente no público jovem. A questão é: por que hoje, com acesso a mais informação, temos o recrudescimento da doença?”, destacou o secretário Carlos Lula.
O diretor substituto do Departamento de DST/Aids do Ministério da Saúde, Gerson Fernando Mendes Pereira, chamou a atenção para o poder propositivo dos congressos.
“Essas reuniões têm importância enorme, no sentido de que a gente possa discutir e traçar políticas de acordo com a realidade que se encontra nos estados. É importante fazer essas reuniões, tirar propostas, executá-las e monitorá-las”, afirmou Fernando Mendes Pereira.
Presente na solenidade de abertura, o secretário de Saúde de São Luís, Lula Fylho, destacou que, além da capital ser a maior cidade do estado, também tem vulnerabilidades provocadas pelo intenso fluxo de turistas e existência de área portuária.
“Temos trabalhado em várias frentes, desde o público jovem até ações mais pontuais, como no São João. Nosso mote é trabalhar educação como forma de prevenção. É uma discussão que não pode fugir das mesas das famílias, nem das salas de aula. O vírus da Aids está aí, não podemos menosprezar o poder de impacto da infecção”, ressaltou.
Relevância
Para a chefe do Departamento de DST/Aids da SES, Jocélia Frazão, os congressos são essenciais para o diálogo com todos os atores envolvidos no combate à doença, bem como para proposição de políticas. Serve, também, afirma ela, para fortalecer as ações em todo o estado, descentralizando da capital São Luís os trabalhos de prevenção e diagnóstico.
“Temos uma epidemia de Aids e Sífilis no país. O Governo do Estado não se exime de executar políticas para trazer qualidade de vida para as populações com a doença, assim como outras populações para garantir que a doença não avance. Por isso, trouxemos aqui professores, alunos, profissionais de saúde e pessoas renomadas em todo o país para repassar conhecimento”, salientou Jocélia Frazão.
Atualmente, mais de 17 mil casos de Aids já foram registrados no Maranhão, com destaque para São Luís e Imperatriz como recordistas de casos.
A representante do Movimento Nacional das Cidadãs Positivas, Claudiane Silva, comentou que os três eventos são espaços para que as pessoas vivendo com HIV/Aids (PVHA) consigam combater o preconceito, um dos principais entraves para que eles tenham plena qualidade de vida. “É um espaço de enfrentamento da doença e do preconceito. Tem a medicação e tratamento, mas não é fácil viver com HIV/Aids”, afirmou.
Atendimento no Sorrir
Na ocasião, o secretário de Estado da Saúde, Carlos Lula, assinou uma portaria que aprova no âmbito da Unidade de Especialidades Odontológicas do Maranhão (Sorrir), o atendimento odontológico às pessoas vivendo com HIV/Aids (PVHA) da casa de Apoio Lar Irmã Mônica e Casa Sonho de Criança da Divina Providência.
“Com a portaria, garantimos acesso universal e igualitário a essas crianças e instituímos o Sorrir como centro de referência para atendimento odontológico das PVHA. É o governo assegurando saúde para quem precisa”, disse o secretário Carlos Lula.
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