A dona de casa Lucielle Costa e sua primeira filha Ana Júlia. (Foto: Wéllida Nunes)
A dona de casa Lucielle Costa, de 20 anos, teve sua primeira filha Ana Júlia no último dia 24 de maio. Entre as inseguranças de uma mãe de primeira viagem e as expectativas naturais, encontrou nos profissionais de saúde da Maternidade Nossa Senhora da Penha, no Anjo da Guarda, apoio e dedicação para enfrentar os desafios da gravidez, do parto e as complicações no pós-parto. A assistência integra os investimentos do Governo do Maranhão na rede materno-infantil.
A moradora do bairro entrou pela primeira vez na unidade de saúde pela emergência, após um sangramento. Não tinha feito ainda nenhum exame ultrassom, logo foi encaminhada para os médicos, que iniciaram pré-natal da jovem. Desde então, tornou o lugar sua “segunda casa”, uma vez que, além de fazer todo o acompanhamento da gestação na maternidade, ainda participava semanalmente de ações promovidas, como as Rodas de Conversas com Gestantes.
“Me sentia em casa na maternidade. Conhecer as enfermeiras e os profissionais me deu muita tranquilidade para o parto. Quando vi que a enfermeira que me atendeu para o parto era a mesma que pintou minha barriga durante uma roda de gestante, fiquei mais calma. Ela me reconheceu também, me senti especial”, relata a mãe.
Embora o parto tenha sido rápido e sem risco, a bebê apresentou icterícia mais severa – doença caracterizada pelo aumento no sangue do pigmento amarelo bilirrubina – e precisou ser transferido para um leito na UTI no Hospital Infantil Dr. Juvêncio Mattos, para atendimento mais especializado.
“Não pude ir porque não tinha recebido alta, meu coração foi junto. Ela ficou 10 dias internada e depois ficou tudo bem. Depois fiquei sabendo que o quadro dela poderia ser agravado se demorasse o tratamento, como foi rápido a ação dos médicos na maternidade, ela melhorou rápido. Agradeço a Deus e aos profissionais da maternidade que foram anjos em minha vida”, afirma.
Atendimento na Penha
A recepcionista Carla Sousa deu à luz a Rebecca. (Foto: Wéllida Nunes)
A Maternidade Nossa Senhora da Penha, no Anjo da Guarda, é referência para a população da região do Itaqui-Bacanga, em São Luís, mas atende também mulheres de outros bairros e até de outras cidades. Foi reinaugurada pelo Governo do Estado no dia 25 de setembro de 2015. Hoje, a unidade conta com equipamentos e estrutura modernos e profissionais que realizam atendimento humanizado.
“Colocamos como prioridade em toda nossa rede o atendimento humanizado. Na maternidade, conseguimos fazer isso com excelência, pois nossa equipe multidisciplinar consegue desenvolver a assistência integral e humanizada, com foco no paciente”, destaca o secretário de Estado da Saúde, Carlos Lula.
Desde a reinauguração, em 2015, até abril deste ano, a Maternidade Nossa Senhora da Penha realizou 101.394 atendimentos. Destes, 4.501 foram internações hospitalares; 33.609 de assistência multidisciplinar ambulatorial; 23.136 atendimentos de urgência/emergência; 31.927 serviços de apoio diagnóstico e terapêutico (SADT); e 8.221 de outros procedimentos ambulatoriais.
Para a diretora geral da unidade, a obstetra e neonatologista Luciana Ferreira, a gestão estadual tem investido na maternidade, tornando-a referência em atendimento de gestantes de risco habitual não só para as moradoras do bairro, como até de outros municípios.
“Estive aqui na maternidade quando ainda era aluna, há uns seis anos, e vejo que hoje temos um cenário completamente novo. Temos uma equipe multiprofissional eficiente e preparada para dar todo atendimento à mulher. Da entrada à saída, atendemos com qualidade. Nosso diferencial é essa equipe”, afirma.
A eficiência e atenção da equipe se mostram em casos diários atendidos na maternidade. Um deles da recepcionista Carla Sousa, de 20 anos, que deu à luz Rebecca na quarta-feira (20), por parto cesáreo. Morando em Santa Inês, a jovem veio para São Luís na reta final da gravidez para ficar aos cuidados da família. Ela foi à maternidade para tentar ouvir o coraçãozinho do bebê, já que não sentia tanta atividade na barriga e se aproximava o prazo final para aguardar o parto natural.
Ao ser atendida, a médica requereu as ultrassons anteriores e constatou que a bebê estava em posição pélvica (sentada), o que inviabilizaria o parto normal, conforme planejou a mãe. Avaliada, ela foi encaminhada direto para o centro cirúrgico. Se recuperando na enfermaria na companhia do pai da criança, Eduardo Brito, ela era só elogios à equipe médica.
“Já estava assustada porque estava chegando o dia e os movimentos estavam parando aos poucos. No começo foi um susto, mas tudo deu certo e o parto foi tranquilo. Vim para a maternidade por indicação, me falaram que era muito boa. Fui bem recebida desde que cheguei. Vou indicar também”, comentou a mãe.
Ainda aprendendo as facetas da maternidade, Carla Sousa acredita que o acolhimento dos profissionais a ela e sua família fizeram a diferença na experiência. “Por ser uma unidade pública, as pessoas pensam que vão tratar de qualquer maneira. Aqui não. Trataram a gente de maneira diferente, prepararam a gente, receberam bem. Estava temerosa, mas deu tudo certo. Mudou minha visão de serviço público”, garante.
Lucielle Costa e família após parto na Maternidade Nossa Senhora da Penha. (Foto: Wéllida Nunes)
A Maternidade
A Maternidade Nossa Senhora da Penha oferece atendimento nos ambulatórios com obstetra, enfermeira obstétrica e cirurgião. Além dos partos humanizados e cesárea, também realiza cirurgia de laqueadura, retirada de miomas e cistos no ovário.
Em sua estrutura, conta com 18 leitos de enfermaria, 4 leitos de pré-parto, 2 deles no centro cirúrgico, e 2 quartos PPP (pré-parto, parto e pós-parto).
Dos testes de triagem neonatal, faz o Teste do Pezinho, do Coraçãozinho, do Olhinho e da Orelhinha. E ainda distribui os kits Pequeno Maranhense e fotos “new born” através do Projeto Primeiro Olhar.
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