Neste sábado, dia 14, o Tricolor celebra 13 anos da conquista do Tricampeonato da América. Em julho de 2005, o São Paulo goleou o Atlético Paranaense por 4 a 0 (a segunda maior goleada em finais na história da competição – somente atrás de outra goleada são-paulina: o 5 a 1 sobre a Universidad Católica, em 1993) e faturou novamente o título de Rei da América.
Bicampeão sul-americano na era Telê Santana, com Raí, Müller e cia, o Tricolor deixou escapar a chance do tri em 1994, em uma fatídica decisão por cobrança de pênaltis, e sofreu duros 10 anos até voltar a disputar a competição preferida da torcida são-paulina. O título de 2005 nasceu dessa sede de vitória acumulada por uma década.
A história recomeçou em 2004. Após tropeços na busca pela vaga em 1999, 2000 e 2002, o São Paulo, com a 3ª colocação obtida no Campeonato Brasileiro de 2003 – o primeiro da história realizado no sistema de pontos corridos – enfim reconquistou o direito de disputar a Taça Libertadores da América.
Provando ter um gosto todo especial por ela, a média de público da torcida são-paulina em jogos no Morumbi foi superior a 56 mil pessoas. Motivado, o Tricolor chegou às semifinais, sendo eliminado no último minuto pelo Once Caldas, da Colômbia, futuro campeão.
Deixou água na boca. O Tricolor não se contentou. Ao fim do Brasileirão de 2004, novo 3º lugar e vaga mais uma vez garantida na competição internacional. Agora era preciso ser campeão! Em 2005, o São Paulo apostou em nomes experientes, como Mineiro e Josué, volantes, e o centroavante Luizão. O time engrenou. Liderou o Paulistão invicto por 15 rodadas, perdendo a invencibilidade para a Lusa. O título veio a seguir, contra o Santos (0x0), com três rodadas de antecipação.
A equipe são-paulina já havia realizado quatro partidas na primeira fase da Libertadores de 2005 (2 vitórias, 2 empates), quando ocorreu uma troca no comando da equipe: Emerson Leão deixou o cargo de treinador e o auxiliar Milton Cruz chefiou a equipe no quinto jogo (empate fora de casa contra a Universidad de Chile). O São Paulo, então, apostou em um nome de peso para levar o Tricolor ao título. Ele veio, e chegou com absoluta moral: logo de cara, no Pacaembu, 5×1 no Corinthians, que não tinha nada a ver com a história. Paulo Autuori levou o São Paulo a avançar a passos largos para a conquista do tricampeonato sul-americano.
Na fase decisiva, o São Paulo desbancou um tradicional freguês no torneio. O Palmeiras caiu frente ao Tricolor com duas derrotas (1×0 no Palestra Itália e 2×0 no Morumbi). Nas quartas-de-final, em casa, partida sensacional do capitão Rogério Ceni (dois gols marcados e ainda um pênalti perdido), 4×0 no Tigres, do México. O jogo de volta foi a passeio, mas custou a invencibilidade no torneio. A semifinal, contudo, contra o River Plate, parou toda a América Latina.
O que o Tricolor desconhecia era um esquema envolvendo o árbitro do jogo para favorecer a equipe portenha. De nada adiantou, com Amoroso, recém contratado, o São Paulo faturou: 2×0 em casa (“El Morumbi te mata”), e 3×2 fora. Quinta final de Libertadores na história!
Os duelos contra o Atlético Paranaense foram no Beira-Rio – o CAP à época ainda não possuía um estádio que se encaixasse nas exigências do regulamento para a final do torneio internacional – e no Morumbi. No jogo de ida, empate em 1×1. A consagração se deu no Morumtri!
71.986 pessoas presenciaram mais um show do “Time de Guerreiros”, como ficou conhecida a equipe Tricampeã da Libertadores da América, após os sonoros 4×0. Rogério Ceni ergueu a Taça e a torcida incendiou o Morumbi aos gritos de “Telê, Telê”!
A CAMPANHA
Primeira Fase03.03.2005 – 3 X 3 – THE STRONGEST Football Club (Bolívia)09.03.2005 – 4 X 2 – Corporación de Fútbol Profesional de la UNIVERSIDAD DE CHILE (Chile)16.03.2005 – 2 X 2 – QUILMES Atlético Club (Argentina)13.04.2005 – 3 X 1 – QUILMES Atlético Club (Argentina)21.04.2005 – 1 X 1 – Corporación de Fútbol Profesional de la UNIVERSIDAD DE CHILE (Chile)11.05.2005 – 3 X 0 – THE STRONGEST Football Club (Bolívia)
Oitavas-de-Final18.05.2005 – 1 X 0 – Sociedade Esportiva PALMEIRAS (SP)25.05.2005 – 2 X 0 – Sociedade Esportiva PALMEIRAS (SP)
Quartas-de-Final01.06.2005 – 4 X 0 – TIGRES – Sinergia Deportiva de la Universidad Autónoma Nuevo León (México)15.06.2005 – 1 X 2 – TIGRES – Sinergia Deportiva de la Universidad Autónoma Nuevo León (México)
Semifinais22.06.2005 – 2 X 0 – Club Atlético RIVER PLATE (Argentina)29.06.2005 – 3 X 2 – Club Atlético RIVER PLATE (Argentina)
Finais06.07.2005 – 1 X 1 – Clube ATLÉTICO PARANAENSE (PR)14.07.2005 – 4 X 0 – Clube ATLÉTICO PARANAENSE (PR)
O JOGO DO TÍTULO
14.07.2005 São Paulo (SP) Estádio Cícero Pompeu de Toledo, Morumbi
SÃO PAULO Futebol Clube 4 X 0 Clube ATLÉTICO PARANAENSE
SPFC: Rogério Ceni (capitão); Fabão, Diego Lugano e Alex; Cicinho, Mineiro, Josué, Danilo e Junior (Fábio Santos, 40’/2); Amoroso (Diego Tardelli, 33’/2) e Luizão (Souza, 28’/2). Técnico: Paulo Autuori.
Gols: Amoroso, 16’/1; Fabão, 7’/2; Luizão, 25’/2; Diego Tardelli, 43’/2.
CAP: Diego; Jancarlos, Danilo, Durvão e Marcão (capitão) (Fernandinho, 15’/2); Cocito, André Rocha (Alan Bahia, 37’/2), Evandro e Fabrício; Lima (Rodrigo, 15’/2) e Aloísio. Técnico: Antônio Lopes.
Árbitro: Horacio Marcelo Elizondo (Argentina) Assistente 1: Rodolfo Otero (Argentina) Assistente 2: Juan Carlos Rebollo (Argentina) Renda: R$ 3.026.395,00 Público: 71.986 pagantes
A CLASSIFICAÇÃO FINAL
Time
PTS
JGS
VIT
EMP
DER
GM
GS
SG
AP%
1º
São Paulo FC (SP)
31
14
9
4
1
34
14
20
73.81%
2º
C Atlético Paranaense (PR)
24
14
7
3
4
22
23
-1
57.14%
3º
CD Guadalajara (MEX)
26
14
7
5
2
28
16
12
61.9%
4º
CA River Plate (ARG)
23
12
7
2
3
23
17
6
63.89%
5º
Club Tigres de la UANL (MEX)
19
10
5
4
1
18
12
6
63.33%
6º
CA Boca Juniors (ARG)
18
10
5
3
2
21
10
11
60%
7º
CA Banfield (ARG)
18
10
5
3
2
18
13
5
60%
8º
Santos FC (SP)
15
10
5
0
5
24
17
7
50%
9º
CPD Junior (COL)
16
10
5
1
4
16
18
-2
53.33%
10º
Club Cerro Porteño (PAR)
15
8
4
3
1
13
7
6
62.5%
11º
Liga Deportiva Universitaria (EQU)
14
10
4
2
4
15
19
-4
46.67%
12º
SE Palmeiras (SP)
13
10
3
4
3
12
10
2
43.33%
13º
CFP Universidad de Chile (CHL)
12
8
3
3
2
11
13
-2
50%
14º
Pachuca CF (MEX)
11
8
3
2
3
10
13
-3
45.83%
15º
CD Independiente Medellín (MEX)
10
8
3
1
4
14
13
1
41.67%
16º
CD Once Caldas (COL)
10
8
2
4
2
8
7
1
41.67%
17º
CD América (COL)
15
8
5
0
3
12
8
4
62.5%
18º
EC Santo André (SP)
8
6
2
2
2
11
6
5
44.44%
19º
CD Cobreloa (CHL)
8
6
2
2
2
6
7
-1
44.44%
20º
Danubio FC (URU)
7
6
2
1
3
9
8
1
38.89%
21º
CD Olmedo (EQU)
7
6
2
1
3
10
11
-1
38.89%
22º
Quilmes AC (ARG)
7
6
1
4
3
10
13
-3
29.17%
23º
C Sporting Cristal (PER)
7
6
2
1
3
5
10
-5
38.89%
24º
Bolívar IU (BOL)
7
6
2
1
3
8
14
-6
38.89%
25º
Club Libertad (PAR)
6
6
2
0
4
8
11
-3
33.33%
26º
Club The Strongest (BOL)
5
6
1
2
3
6
10
-4
27.78%
27º
C Alianza Lima (PER)
5
6
1
2
3
4
7
-3
27.78%
29º
C Deportivo Cuenca (EQU)
3
6
0
3
3
4
9
-5
16.67%
30º
CA San Lorenzo A (ARG)
3
6
0
3
3
1
5
-4
16.67%
31º
C Nacional de F (URU)
3
6
1
0
5
7
12
-5
16.67%
32º
Deportivo Táchira FC (VEN)
3
6
1
0
5
3
17
-14
16.67%
33º
CA Peñarol (URU)
3
2
1
0
1
4
4
0
50%
34º
CSyD Colo-Colo (CHL)
2
2
0
2
0
2
2
0
33.33%
35º
Tacuary FC (PAR)
1
2
0
1
1
2
4
-2
16.67%
36º
CD Oriente Petrolero (BOL)
0
2
0
0
2
2
5
-3
0%
37º
CD Mineros de Guayana (VEN)
0
2
0
0
2
1
5
-4
0%
38º
CS Cienciano (PER)
0
2
0
0
2
2
8
-6
0%