A startup Sumá, nome da entidade tupi da agricultura, foi anunciada como a vencedora do Desafio Tecnológico Indicações Geográficas, nesta sexta-feira (10), em Belo Horizonte. Após as cinco finalistas terem a oportunidade de apresentar pitch de cinco minutos diante de uma banca de especialistas e uma plateia de potenciais clientes, a plataforma que permite de hotéis a restaurantes comprarem alimentos diretamente dos pequenos produtores agrícolas das Indicações Geográficas acabou conquistando a melhor nota do júri.
Pela plataforma da Sumá, os atravessadores que acabam encarecendo o preço final do produto desaparecem. A startup cobra 15% sobre o preço final do comprador e uma mensalidade dos agricultores que comercializarem mais de R$ 2 mil pelo sistema. “A vitória para nós já foi ficar entre os cinco”, comentou Alexandre Lerípio, representante da startup. “O mais importante certamente é a validação do Sebrae, pois foi esta entidade que nos deu todos os subsídios que nos permitiram criar a Sumá. Então, receber esse reconhecimento é algo que não tem preço, mas tem um valor imenso”, acrescentou.
As cinco startups selecionadas para o Desafio Tecnológico Indicações Geográficas propuseram soluções das mais variadas para pequenos negócios de indicação geográfica, no III Encontro de Indicações Geográficas e Marcas Coletivas, em Belo Horizonte (MG), que termina neste sábado.
Selecionada para o evento, a Safe Trace, de Itajubá (MG), é uma empresa especializada na rastreabilidade da cadeia produtiva de alimentos, integrando informações do produtor ao consumidor. A Inovamate, de São Mateus (PR), desenvolve soluções digitais práticas para setores específicos do agro, com foco em controle e rastreabilidade na produção. Também do Balneário Camboriú, a Gestalt Open Innovation – Rural Market oferece soluções para pequenos negócios baseadas em geoinformação. De Porto Ferreira (SP), a BRdi Desenvolvimento Protocooperativo também se dedica ao desenvolvimento de PMEs.
Os critérios para seleção das startups foram: a aderência aos temas do Desafio (peso 3); o potencial de mercado (peso 2); e o grau de inovação (peso 1). O Desafio foi aberto a empresas incubadas, graduadas, aceleradas ou finalistas do Programa InovAtiva Brasil.