Com 141 votos a favor e 67 abstenções, o Conselho Deliberativo do Palmeiras aprovou os aditivos do contrato da Crefisa/FAM. A reunião foi realizada na noite de segunda-feira.
O motivo da votação foi a reprovação, por parte do COF (Conselho de Orientação e Fiscalização), das contas de janeiro, fevereiro e março da atual gestão. Os integrantes do COF entendiam ser ilegal a mudança que transformou em dívida o valor que a patrocinadora investiu em contratações (aproximadamente R$ 120 milhões).
O COF alegava que o presidente Maurício Galiotte não poderia fazer empréstimos de valores superiores a 10% da previsão orçamentária sem a aprovação do Conselho Deliberativo, o que foi feito na noite de segunda-feira.
Há 10 dias, em entrevista à ESPN Brasil, Galiotte já havia falado sobre a mudança no contrato: “No contrato anterior a gente já tinha a obrigação de devolver o dinheiro à Crefisa. É importante o torcedor saber. A Crefisa foi autuada pelo Banco Central para que o contrato fosse alterado. Através da recomendação da PF a Crefisa alterou o contrato. Antes teríamos de devolver o dinheiro à Crefisa, no atual é a mesma coisa. A diferença é que o risco era da patrocinadora. Agora o risco é do clube, embora a gente possa na venda de um atleta pagar outro atleta. Temos o ativo como contrapartida dessa operação. O compromisso existia antes. Vendendo o jogador, devolvemos o dinheiro. E caso necessário a a venda de um atleta pode compensar a venda de outro. O assunto é relativamente simples, não tem mudança na essência. Emprestou dinheiro, temos que devolver”.
Mesmo com a aprovação do CD, não se sabe se a partir de agora o COF passará a aprovar as contas dos meses posteriores a março. Ao final do ano, no entanto, o Conselho Deliberativo se reunirá novamente para aprovar ou não todos balancetes.