O coração de um adulto bate entre 60 a 100 vezes por minuto, mas isso ninguém percebe. No entanto, quando os batimentos começam a acontecer de uma forma irregular e mais acelerada é motivo de preocupação para muitas pessoas. Esse movimento anormal é conhecido como palpitações cardíacas. A palpitação cardíaca é uma manifestação clínica da percepção dos batimentos do coração.
“Há duas preocupações maiores. Primeiro quando a palpitação é associada a desmaio e quando a pessoa percebe um desconforto muito grande, como dor no peito e falta de ar”, aponta Mauricio Scanavacca, cardiologista do Incor HCFMUSP.
Outro fenômeno, sentido no meio de uma noite do sono, como uma arritmia irregular, pode parecer mais comum, mas é bom consultar um médico assim que percebida. Em idosos, isso pode ser conferido até mesmo como um acidente vascular cerebral.
Scanavacca aponta três tratamentos possíveis. São o tratamento medicamentoso, o tratamento feito com ajuda de um aparelho que monitoriza o ritmo cardíaco e uma intervenção que funciona como uma espécie de destruição do foco da arritmia, chamada de ablação.
Caso seja percebida algum tipo de palpitação, “a primeira conduta é procurar um médico para num primeiro momento identificar se a palpitação é de origem cardíaca ou se há outras causas”, comenta o cardiologista Wilson Mathias Jr. “Após isso, o próximo passo é tentar identificar qual tipo de doença está por trás desse comportamento”.
Como prevenir
A manutenção de hábitos saudáveis está diretamente ligada à alteração do ritmo dos batimentos cardíacos. Fumar, ingerir bebidas alcoólicas, e até estar o tempo todo em condições de estresse estão entre os fatores de risco.
O profissional de TI Reginaldo Rocha sentiu há poucos meses algumas palpitações incomuns. Ao procurar o médico, foi indicado um indício de problemas cardíacos. “A partir de então mudei rapidamente meu estilo de vida”, conta ele. “Além de evitar situações de estresse no trabalho, comecei a praticar esportes e me alimentar melhor”.