O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de setembro variou 0,48%, acima da taxa de -0,09% registrada em agosto. Este resultado é o maior para um mês de setembro desde 2015, quando o IPCA registrou 0,54%. O acumulado no ano ficou em 3,34%, acima do 1,78% registrado em igual período do ano passado. Na ótica dos últimos doze meses, o índice ficou em 4,53%, acima dos 4,19% dos 12 meses imediatamente anteriores. Em setembro de 2017, a taxa atingiu 0,16%. O material de apoio do IPCA está à direita desta página.
Período
TAXA
SETEMBRO de 2018
0,48%
Agosto de 2018
-0,09%
Setembro de 2017
0,16%
Acumulado no ano
3,34%
Acumulado nos 12 meses
4,53%
À exceção dos grupos Vestuário (-0,02%) e Comunicação (-0,07%), os demais apresentaram variação positiva nos níveis de preços de agosto para setembro. Respondendo por cerca de 43% das despesas das famílias, os grupos Alimentação e bebidas e Transportes, que em agosto apresentaram deflação, -0,34% e -1,22%, respectivamente, em setembro apresentaram altas de 0,10% e 1,69%, conforme mostra a tabela a seguir.
IPCA – Variação e Impacto por Grupos – Mensal
Grupo
Variação (%)
Impacto (p.p.)
Agosto
Setembro
Agosto
Setembro
Índice Geral
-0,09
0,48
-0,09
0,48
Alimentação e Bebidas
-0,34
0,10
-0,08
0,03
Habitação
0,44
0,37
0,07
0,06
Artigos de Residência
0,56
0,11
0,02
0,00
Vestuário
0,19
-0,02
0,01
0,00
Transportes
-1,22
1,69
-0,23
0,31
Saúde e Cuidados Pessoais
0,53
0,28
0,07
0,03
Despesas Pessoais
0,36
0,38
0,04
0,04
Educação
0,25
0,24
0,01
0,01
Comunicação
0,03
-0,07
0,00
0,00
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Índices de Preços
Após a queda de 1,22% em agosto, o grupo dos Transportes (1,69%) apresentou-se com a maior variação dentre os grupos de produtos e serviços pesquisados, além de exercer o principal impacto no índice de setembro, com 0,31 ponto percentual (p.p.). Para um mês de setembro, a variação de 1,69% é a maior desde a implantação do Plano Real em 1994, sendo, também, a segunda variação acima de 1,00% no período (em setembro de 1994 a alta foi de 1,22%).
O destaque do grupo foram os combustíveis que saíram da queda de 1,86%, em agosto, para 4,18%, em setembro, representando 0,24 p.p. de impacto no IPCA, ou 50% do índice. Com exceção do gás veicular, que desacelerou de agosto (2,41%) para setembro (0,85%), os demais combustíveis pesquisados apresentaram taxas positivas após deflação em agosto: gasolina (de -1,45% em agosto para 3,94% em setembro), etanol (de -4,69% em agosto para 5,42% em setembro) e óleo diesel (de -0,29% em agosto para 6,91% em setembro). Cabe destacar que o preço do óleo diesel nas refinarias foi reajustado em 13,00% a partir de 31 de agosto.
Ainda nos Transportes, o item passagem aérea também se destacou com alta de 16,81%, após a queda de 26,12% registrada em agosto.
O grupo Alimentação e bebidas, após duas quedas consecutivas, -0,12% em julho e -0,34% em agosto, apresentou variação positiva em setembro, 0,10%. A alimentação no domicílio (0,00%) apresentou, na média, estabilidade nos níveis de preços, e deixou para trás a queda de 0,72% de agosto. Os destaques foram as frutas (4,42%), o arroz (2,16%) e o pão francês (0,96%). No lado das quedas sobressaíram: cebola (-12,85%), batata-inglesa (-8,11%), leite longa vida (-5,82%), farinha de mandioca (-5,54%) e ovos (-2,15%).
Já o grupamento da alimentação fora variou 0,29%, com destaque para o lanche (0,57%) e a refeição (0,19%).
No grupo Habitação (0,37%), a principal influência veio da energia elétrica (0,46%). Houve reajuste nas tarifas nas seguintes áreas: 16,94% em São Luís (12,72%) a partir de 28 de agosto; 12,00% em Belém (1,09%) e 15,98% em Vitória (5,97%), ambos em vigor desde 07 de agosto. As demais regiões pesquisadas variaram entre os -6,20% da região metropolitana de Belo Horizonte e o 1,74% da de Porto Alegre, em razão dos aumentos ou reduções nas alíquotas de PIS/COFINS.
Cabe destacar que, desde junho, encontra-se em vigor a bandeira tarifária vermelha patamar 2, com a cobrança adicional de R$0,05 por kwh consumido.
Ainda no grupo Habitação, a variação de 0,30% no item taxa de água e esgoto foi em razão dos reajustes nas tarifas das seguintes regiões pesquisadas:
IPCA – Taxa de água e esgoto
Região
Variação (%)
Reajuste (%)
Data
Belém
9,30
9,98
01/09
Vitória
2,21
3,89
16/08
Rio de Janeiro
0,68
5,94
01/08
Belo Horizonte
0,43
4,31
01/08
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Índices de Preços
O item gás encanado (0,77%), também do grupo Habitação, refletiu os reajustes de 14,89% em Curitiba (7,20%) a partir de 14 de setembro e de 2,52% no Rio de Janeiro (0,30%), em vigor desde 1º de agosto.
Quanto aos índices regionais, conforme a tabela a seguir, o maior índice ficou com Brasília (1,06%) em virtude da alta de 22,48% nas passagens aéreas e de 7,99% na gasolina. O menor índice (0,06%) ficou com Belém, onde sobressaíram as quedas no açaí (-9,89%) e na farinha de mandioca (-3,03%).
IPCA – Variação mensal, ano e 12 meses por região
Região
Peso Regional (%)
Variação (%)
Variação Acumulada (%)
Agosto
Setembro
Ano
12 meses
Brasília
2,80
-0,72
1,06
2,76
4,33
Vitória
1,78
-0,04
0,88
3,78
4,05
São Luís
1,87
-0,51
0,72
2,13
2,13
São Paulo
30,67
0,12
0,61
3,53
5,30
Porto Alegre
8,40
-0,10
0,57
4,04
5,23
Curitiba
7,79
-0,20
0,57
3,23
4,39
Goiânia
3,59
0,30
0,49
2,49
5,56
Campo Grande
1,51
-0,18
0,46
2,50
3,50
Rio Branco
0,42
0,26
0,42
2,38
2,38
Rio de Janeiro
12,06
-0,38
0,38
3,68
4,62
Salvador
6,12
-0,27
0,35
3,30
3,60
Fortaleza
2,91
-0,28
0,28
2,27
3,07
Belo Horizonte
10,86
-0,01
0,27
3,66
4,27
Recife
4,20
-0,09
0,15
2,55
3,39
Aracaju
0,79
0,03
0,08
1,74
1,74
Belém
4,23
-0,12
0,06
1,95
2,15
Brasil
100,00
-0,09
0,48
3,34
4,53
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Índices de Preços
O IPCA é calculado pelo IBGE desde 1980, se refere às famílias com rendimento monetário de 01 a 40 salários mínimos, qualquer que seja a fonte, e abrange dez regiões metropolitanas do país, além dos municípios de Goiânia, Campo Grande, Rio Branco, São Luís, Aracaju e de Brasília. Para cálculo do índice do mês foram comparados os preços coletados no período de 30 de agosto a 27 de setembro de 2018 (referência) com os preços vigentes no período de 28 de julho a 29 de agosto de 2018 (base).
INPC varia 0,30% em setembro
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor – INPC apresentou variação de 0,30% em setembro, após a estabilidade na média de preços em agosto (0,00%). Este resultado é o maior para um mês de setembro desde 2015, quando o INPC registrou 0,51%. O acumulado no ano ficou em 3,14%, acima do 1,24% registrado em igual período do ano passado. Na ótica dos últimos doze meses, o índice ficou em 3,97%, acima dos 3,64% dos 12 meses imediatamente anteriores. Em setembro de 2017, a taxa foi de -0,02%.
Os produtos alimentícios tiveram alta de 0,05% em setembro enquanto, no mês anterior, registraram queda de 0,44%. O agrupamento dos não alimentícios ficou com variação de 0,41% enquanto, em agosto, havia registrado 0,19%.
Na ótica dos índices regionais, o maior índice ficou com Vitória (0,75%), em virtude do reajuste de 15,98% na energia elétrica (5,84%), em vigor desde 07 de agosto e da gasolina (4,36%). O menor índice ficou com Aracaju (-0,17%), onde sobressai a queda no item perfume (-3,56%) e na energia elétrica (-2,34%) motivada pela redução de 31,37% na alíquota do PIS/COFINS.
INPC – Variação mensal, ano e 12 meses por região
Região
Peso Regional (%)
Variaçãomensal (%)
Variação Acumulada (%)
Agosto
Setembro
Ano
12 meses
Vitória
1,83
0,30
0,75
3,94
3,95
Brasília
1,88
-0,40
0,54
2,40
3,54
São Luís
3,11
-0,45
0,53
1,72
1,72
São Paulo
24,24
0,23
0,47
3,66
5,19
Porto Alegre
7,38
0,01
0,45
4,20
5,21
Curitiba
7,29
-0,01
0,44
3,40
4,39
Goiânia
4,15
0,39
0,41
2,08
5,12
Campo Grande
1,64
-0,13
0,35
2,29
3,19
Rio Branco
0,59
0,63
0,24
2,81
2,81
Rio de Janeiro
9,51
-0,31
0,21
4,16
4,45
Salvador
8,75
-0,13
0,20
2,82
2,92
Fortaleza
5,42
-0,17
0,15
1,95
2,58
Belo Horizonte
10,60
0,05
0,13
3,36
3,77
Recife
5,88
-0,05
0,06
1,94
2,52
Belém
6,44
-0,09
-0,13
1,66
1,59
Aracaju
1,29
0,07
-0,17
1,24
1,24
Brasil
100,00
0,00
0,30
3,14
3,97
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Índices de Preços
O INPC é calculado pelo IBGE desde 1979, se refere às famílias com rendimento monetário de 01 a 05 salários mínimos, sendo o chefe assalariado, e abrange dez regiões metropolitanas do país, além dos municípios de Goiânia, Campo Grande, Rio Branco, São Luís, Aracaju e de Brasília. Para cálculo do índice do mês foram comparados os preços coletados no período de 30 de agosto a 27 de setembro de 2018 (referência) com os preços vigentes no período de 28 de julho a 29 de agosto de 2018 (base).