Editorial – A cidade de Ariquemes perdeu dois deputados estaduais. Saulo Moreira (MDB) e Geraldo da Rondônia (PSC) não conseguiram voltar para Casa de Leis do Estado. Até então a cidade tinha quatro deputados, mas agora só ficou só com dois, Alex Redano (PRB) e Adelino Follador (DEM). De quem é a culpa da cidade só ter ficado com dois deputados estaduais?
Antes de buscar culpar alguém, devemos entender o que é democracia e depois também, entender qual a função de um deputado estadual.
Geralmente fazemos alusão para as emendas e recursos que os deputados podem trazer, mas essa é apenas a parte política, o marketing deles, o oba oba que ajuda a dar votos na pretensa reeleição. Ninguém tem o controle sobre a votação dos deputados que são candidatos em uma cidade e a democracia garante que ninguém manda em ninguém na hora de votar. Muitos candidatos de fora pegaram votos pela cidade, mas todos os eleitos, são eleitos por Rondônia. Devemos lembrar que não tivemos eleições municipais em 2018.
A principal função do deputado tem sido deturbada. Cuidar das Leis do Estado que beneficiem a maioria da população e fiscalizar os atos do Governo, tem sido deixado em segundo plano pelos deputado e pela população. Um parlamento que passou os quatro últimos anos alinhado com o Governo, sempre em prol de vantagens políticas aqui e ali, é só um parlamento morno.
Mas na urnas tivemos a renovação de 50% dos deputados estaduais de Rondônia, e esse é o reflexo da vontade do povo em trocar, em tentar votar diferente, em arriscar novamente outras opções. Isso é democracia.
Se vai mudar muita coisa, não sabemos, mas temos 24 deputados para chamar de nossos, que serão pagos por nós, e que deverão ser cobrados um a um para assumirem suas reais responsabilidades.
Ariquemes perdeu sim, mas não é a democracia que está errada, as vezes são alguns desses nomes que poderiam estar queimados demais, e sem expressão para representar o povo. Havia também pessoas boas, que seriam ótimos representantes, mas ficaram de fora por não conseguir competir com os recursos de políticos profissionais.