Na sessão da Câmara Municipal de segunda-feira (08), o vereador Rafael ÉO Fera (DEM) reclamou da forma que está sendo feito o recapeamento asfáltico na Avenida Guaporé do Setor 06, em Ariquemes. Em aparte, o vereador Amalec da Costa (PSDB), também criticou a execução do recapeamento sem primeiro realizar as obras de drenagem.
A via que está danificada há muitos anos, necessita em primeiro lugar, de infraestrutura necessária para escoamento de água, para posteriormente ser pavimentada. A não realização deste serviço estrutural da via, prejudicará o asfalto novo, e jogará no ralo milhares de reais em recursos públicos.
Veja abaixo o vídeo em que os vereadores comentam sobre o assunto:
Indo além dos comentários dos vereadores, lembramos que a Avenida Guaporé era contemplada pelo pacote de investimentos em infraestrutura da cidade no valor total estimado em R$ 35 milhões, recursos estes financiados pela prefeitura junto à Caixa Econômica Federal. A aplicação do valor foi dividida em lotes a serem licitados, e parte de alguns destes lotes já estão concluídos, como a construção de galerias em igarapés, expansão da Avenida Tancredo Neves, e trechos da Hugo Frey, assim como estão em execução trechos importantíssimos para a cidade, como a duplicação da Avenida Candeias, no trecho entre as avenidas Jaru e Hugo Frey.
O lote que contemplava a drenagem da Avenida Guaporé, abrangia também a conclusão da Avenida Capitão Silvio e pavimentação de várias outras ruas da cidade, mas a empresa responsável pelo Lote, vencedora de processo licitatório, desistiu da empreitada ainda no ano de 2017. Informações dão conta que a desistência da empresa se deu conta por perseguições políticas, pois os diretores da empresa apoiaram o candidato a oposição da administração atual nas eleições de 2016.
Deixando os boatos de picuinhas políticas de lado, a questão que fica e que deverá ser investigada pelos órgãos de controle, é a não realização da infraestrutura básica para recuperar a Avenida Guaporé. Pois é relevante lembrar que o início da obra se deu bem na última semana do primeiro turno das eleições deste ano, e o chefe do Executivo Municipal apoiava dois candidatos que precisavam desesperadamente agregar mais votos na região.
Se a obra foi eleitoreira ou não, pouco importa agora, o que nos resta saber, é se o dinheiro para este asfalto será pago pela população, ou se virá dos bolsos de quem decidiu atropelar a infraestrutura básica e fazer de qualquer jeito.