O Centro Especializado em Reabilitação e Promoção da Saúde do Olho d’Água (CER Olho d’Água), vinculado à Secretaria de Estado da Saúde (SES), deu início ao serviço semi-intensivo para Pessoas com Transtorno do Espectro Autismo (TEA). O objetivo principal é desenvolver habilidades sociais e de linguagem em crianças de até 12 anos com TEA e capacitar familiares para serem protagonistas do desenvolvimento e assistência a esses pacientes.
O Serviço para Pessoas com Transtorno do Espectro do Autista (TEA) já funciona na unidade de forma intensiva, com as crianças sendo atendidas cinco vezes na semana com terapia baseada em ABA (ramo aplicado da ciência da análise do comportamento), abordagem mais eficaz e reconhecida para assistência de crianças autistas.
“Com o serviço semi-intensivo, ampliamos a assistência às famílias com crianças com TEA, qualificando nossa rede com o que tem de mais moderno. Fomos pioneiros oferecendo a terapia baseada em ABA, isso é a prova que o SUS e o Maranhão podem ser referência bons serviços”, ressalta o secretário de Estado da Saúde, Carlos Lula.
Serão incorporadas ao serviço crianças que tenham desenvolvidas habilidades de linguagem, ou seja, mais funcionais, e/ou que estejam há mais de um ano no serviço intensivo e tenham indicação para o atendimento semi-intensivo. Cerca de 40 famílias devem ser beneficiadas.
Atendimento
Os atendimentos das crianças, com foco no desenvolvimento de repertórios verbais e sociais, acontecem durante uma hora e meia em grupos de intervenção, com cada agrupamento sendo atendido por psicólogo, fonoaudiólogo e terapeuta ocupacional. Os pacientes são atendidos duas vezes por semana e uma vez por semana os pais ou responsáveis recebem orientações.
“A principal vantagem desse novo serviço é o grau de orientação que é repassado aos pais, com a inserção deles na terapia. Criamos esse serviço para que a criança não parasse de ser atendida de uma hora para outra, com continuidade dos objetivos terapêuticos, mas trazendo a família para perto, fazendo com que ela se habilite e instrumentalize para fazer o manejo em casa”, destaca Flávia Neves, coordenadora do Serviço para Pessoas com TEA e doutora em Teoria e Pesquisa do Comportamento.
Segundo a coordenadora, haverá foco nas necessidades específicas de cada paciente, uma vez que o tratamento é individualizado, e os critérios periodicamente serão redefinidos de acordo com o desenvolvimento do paciente. A evolução é mensurada através de folhas de registros diários e gráficos de desempenho.
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