Nos dias 7 e 28 de outubro deste ano, a população brasileira foi às urnas para participar da chamada “festa da democracia”, as eleições diretas. De acordo com o TSE (Tribunal Superior Eleitoral), dos mais de 147 milhões de eleitores aptos a fazer parte do escrutínio, quase 80% compareceram aos locais de votação para exercer esse direito. O pleito definiu os vencedores para os cargos de deputado estadual, deputado federal, senador, governador e presidente — este último, posição máxima da República brasileira, foi decidido no segundo turno, com a eleição do militar da reserva do Exército, Jair Messias Bolsonaro (PSL), escolhido com pouco mais de 55% dos votos válidos.
Apesar do triunfo com ampla margem sobre o vice colocado Fernando Haddad (PT), Bolsonaro sabe que não tem muito tempo para comemorar a vitória. O motivo é simples: assumirá um país rachado socialmente, com pendências fiscais e econômicas, e um número de desempregados que ultrapassa a marca de 12 milhões de pessoas. Além disso, o presidente eleito necessitará tomar posição na pauta da Segurança Pública junto a governadores dos estados e em questões ambientais importantes, como o Acordo de Paris.
A DIVISÃO PRÉ E PÓS
O clima beligerante entre apoiadores e opositores ao maior nome do PSL já ganhou contornos ríspidos há algum tempo. Por meio de ataques virtuais e físicos dos seguidores dos candidatos — de ambos os lados — que aconteceram durante a campanha dos presidenciáveis, a situação se tornou cada vez mais conflituosa. Por ora, nada indica, porém, que os ânimos ficarão menos exaltados após o fim das eleições. Em um discurso recente, o presidente afirmou que irá “buscar pacificar o nosso Brasil. Nós vamos pacificar. Sem eles contra nós ou nós contra eles. Nós temos como fazer políticas que atendam o interesse de todos”.
MEIO AMBIENTE
Uma pauta muito cara para o contexto internacional é o meio ambiente e o desenvolvimento inteligente das cidades, com foco na sustentabilidade. O Brasil, inclusive, é signatário do Acordo de Paris, tratado que visa discutir as mudanças do clima no mundo. Bolsonaro, no entanto, sinalizou durante a campanha que poderia sair do acordo, o que não foi bem recebido pela comunidade internacional. O novo presidente eleito necessitará discutir com suas lideranças o papel do Brasil no tratado e as razões e maneiras para uma eventual saída.
PAUTAS ECONÔMICAS
Após Jair Bolsonaro tomar posse no primeiro dia de janeiro do ano que vem, temas como a reforma do sistema previdenciário e déficit fiscal do país precisarão ser debatidos nas mais diversas frentes — o tema “previdência” era um dos principais motes de Michel Temer. Um apoio de Bolsonaro é Paulo Guedes, economista especulado em um dos ministérios do presidente. Guedes será responsável por dar sustentação ao planejamento do governo perante a sociedade e ao mercado financeiro.
AFLIÇÕES DOS BRASILEIROS
Entre as temáticas mais discutidas entre a população, estão “Segurança Pública” e “Desemprego”. Jair Bolsonaro deverá atuar junto aos governadores dos estados eleitos para tentar controlar o alto índice de violência nas unidades federativas, em especial devido ao avanço do crime organizado. Além disso, o novo presidente precisará incentivar a indústria e o comércio para gerar vagas de emprego e realocar no mercado de trabalho mais de 12 milhões de desempregados.