Os resultados deste trabalho estão no Portal IBGE e na Plataforma Interativa, em grade estatística com detalhamento para cada km² do território brasileiro.
O IBGE divulga hoje o Monitoramento da Cobertura e Uso da Terra do Brasil para 2016, ampliando a série histórica que já abrange os anos 2000, 2010, 2012 e 2014. O objetivo deste trabalho é acompanhar a dinâmica do território, seus processos de ocupação e suas transformações, através de um monitoramento espacial e quantitativo da cobertura vegetal e do uso da terra em todo o país. Com exceção do decênio 2000 – 2010, este estudo vem sendo feito pelo IBGE a cada dois anos.
Entre 2014 e 2016, mais de 62 mil km² do território brasileiro sofreram algum tipo de mudança na cobertura e uso da terra. De forma geral, prossegue a redução das áreas de vegetação natural e a expansão das áreas agrícolas e da silvicultura, porém em ritmo mais lento do que nos períodos anteriores (2000-2010, 2010-2012 e 2012-2014). As pastagens com manejo continuam avançando, principalmente sobre a borda do bioma amazônico. Em algumas regiões, destacou-se o aumento da área agrícola, como na porção sudeste de Rondônia, na divisa com o Mato Grosso; na região de Paragominas (PA); no eixo entre os municípios de Campo Grande (MS) e Cassilândia (MS) e na campanha gaúcha (RS).
ESTOQUES /CLASSES
Área Artificial
Área Agrícola
Pastagem com Manejo
Mosaico de Ocupações em Área Florestal
Silvicultura
Vegetação Florestal
Área Úmida
Vegetação Campestre
Mosaico de Ocupações em Área Campestre
Corpo d’água Continental
Corpo d’água Costeiro
Área Descoberta
Estoque (2000)
34.567
458.975
885.186
847.721
50.543
4.017.505
34.297
1.834.153
234.729
128.749
222.461
3.680
Adições ao estoque
1.650
99.400
237.614
81.785
21.535
1.617
104
1.219
18.632
0
0
19
Redução do estoque
0
2.143
23.769
98.645
2.234
216.404
115
109.588
10.673
0
0
4
Estoque (2010)
36.217
556.232
1.099.031
830.861
69.844
3.802.718
34.286
1.725.784
242.688
128.749
222.461
3.695
Adições ao estoque
513
28.329
36.210
24.164
8.310
722
62
723
10.285
0
0
8
Redução do estoque
0
793
9.135
24.367
2.083
36.610
140
32.570
3.621
0
0
7
Estoque (2012)
36.730
583.768
1.126.106
830.658
76.071
3.766.830
34.208
1.693.937
249.352
128.749
222.461
3.696
Adições ao estoque
731
42.328
22.634
15.303
6.566
1.950
206
1.447
6.092
0
0
4
Redução do estoque
0
1.464
24.916
17.943
501
24.316
232
24.519
3.369
0
0
1
Estoque (2014)
37.461
624.632
1.123.824
828.018
82.136
3.744.464
34.182
1.670.865
252.075
128.749
222.461
3.699
Adições ao estoque
311
19.764
9.016
25.164
1.775
1.022
202
849
4.694
0
0
45
Redução do estoque
0
627
13.947
9.255
265
25.685
102
10.656
2.306
0
0
0
Estoque final (2016)
37.772
643.769
1.118.893
843.927
83.646
3.719.801
34.282
1.661.058
254.463
128.749
222.461
3.744
Além dos dados cartográficos e dos textos explicativos, o monitoramento produz as Contas Físicas de Cobertura e Uso da Terra e a Matriz de Mudanças, que traduzem os resultados em valores numéricos agregados.
A tabela das Contas Físicas mostra, em km², os estoques iniciais, reduções, adições e os estoques finais para cada uma das classes de cobertura e uso da terra em cada período analisado. Nela é possível observar, por exemplo, que a área de vegetação florestal do país sofreu uma redução de 7,5% entre 2000 e 2016.
Já a Matriz de Mudanças apresenta, também em km², todas as conversões entre os diferentes tipos de cobertura e uso da terra, permitindo a realização de diversas análises. Por exemplo, é possível constatar que cerca de 10 mil km² de pastagem com manejo foram convertidos em área agrícola no biênio 2014-2016. A análise temporal da Matriz de Mudanças também mostra que, entre 2012 e 2016, intensificou-se a substituição das pastagens com manejo pelas áreas agrícolas.
A geração de uma série histórica com informações estatísticas sobre todas as mudanças nas formas de ocupação do país fornece subsídios à construção das Contas Ambientais, à elaboração de políticas públicas de planejamento territorial, bem como para a implementação dos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável, entre outros.
Evolução da cobertura e uso da terra em Mato Grosso – 2000 e 2016