Para ele, no entanto, ser “resultadista” não implica em ter times que joguem um futebol feio.
Após a vitória de quarta-feira sobre o Fluminense, no Allianz Parque, o tema “futebol feio” voltou à tona na entrevista que o técnico Luiz Felipe Scolari concedeu. Sendo sincero, o comandante Palmeirense admitiu que é um treinador de resultado, mas que isso não significa que seus times joguem mal.
“Se não jogamos de forma tão brilhante quanto alguns gostariam, jogamos de forma concreta para buscar objetivo. Sempre fui treinador de resultado, nunca me escondi atrás de outra carapuça. Gosto de resultado. Feio ou bonito vai de cada um. Para algumas pessoas, sou bonito. Para outras, não. Fazer o quê?” comentou o treinador.
Em seguida, usando o exemplo da seleção campeã do mundo, Felipão falou sobre o estilo de jogo do Verdão: “Gosto de pedir para o meu time jogar bola, mas não para dar a bola para o adversário. Tem momentos em que você precisa ter postura tática mais defensiva porque o adversário melhorou ou causou problema. Essas palavras são pela Copa do Mundo, diziam que a França dava a bola para o adversário. Ninguém dá a bola para o adversário, o adversário rouba porque tem qualidade”.
Por fim, Scolari voltou a falar do jogo contra o Fluminense e ironizou quem questiona seu trabalho: “Quando vimos que teríamos problema, colocamos o Felipe Melo, ficamos mais defensivos, fizemos o segundo gol e, aí, melhorou para jogar. É um sistema tático que a gente joga, principalmente quando temos o resultado. Acho que estamos tendo um bom aproveitamento”.
O aproveitamento do Palmeiras no Brasileirão sob o comando de Felipão é de 81,14% (em 17 rodadas – assumiu contra o América e está invicto). Já considerando todo trabalho do treinador no ano, o aproveitamento é de 71,60% (17 vitórias, 7 empates e 3 derrotas em 27 partidas).