O Governo do Estado, por meio da Secretaria do Desenvolvimento Social (Sedes), iniciou, nesta quarta-feira (21), na Escola de Governo do Maranhão (EGMA), capacitação sobre Metodologia de Trabalho com Famílias Quilombolas, como parte do Projeto Capacitações da Política de Assistência Social. O curso, que acontece até sexta-feira (23), está sendo ministrado para representantes dos 75 municípios que possuem territórios quilombolas no Maranhão.
A secretaria adjunta de Assistência Social, Célia Salazar, explicou que a Sedes propôs essa capacitação diante da necessidade de debater estratégias para implementar um trabalho social com famílias quilombolas.
“Consideramos as especificidades dos povos e comunidades tradicionais atendidos pela Política de Assistência Social, levando em conta que temos um número significativo de comunidades quilombolas em nosso estado. Por isso, é necessário considerar as formas de ser, ver, sentir e viver dessas famílias”, observou Célia Salazar.
O objetivo da capacitação é orientar o atendimento técnico durante o trabalho social com famílias quilombolas do estado, no âmbito do Programa de Atenção Integral à Família (PAIF), contribuindo para a ampliação e qualificação do debate sobre o tema, alinhando conceitos e aprimorando práticas na perspectiva das relações étnico-raciais.
Durante a programação serão discutidos ainda temas relativos ao reconhecimento e valorização da identidade étnico-racial; relações étnico-raciais; políticas de promoção da igualdade racial e a interface com a Política de Assistência Social; política de promoção da igualdade racial no Maranhão com ênfase no Programa Maranhão Quilombola; trabalho social com famílias no Sistema Único de Assistência Social (SUAS); metodologia de trabalho social com famílias na perspectiva das relações étnico-raciais.
A assistente social do município de Presidente Juscelino, Rosário Silva, destaca a importância da capacitação para o aprimoramento dos profissionais que trabalham com esse público.
“Somos um estado com raízes e cultura negras, o que faz desse treinamento muito necessário. Precisamos discutir, sim, sobre melhores condições sociais aos quilombolas, debater o racismo, não só com eles, mas com todos os povos tradicionais do nosso estado”, disse a assistente.
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