Através do diretor jurídico Alexandre Zanotta, o Palmeiras enviou uma lista com 19 questionamentos a Rubnei Quícoli, representante da Blackstar, empresa de Hong Kong que estaria disposta a investir 250 milhões de dólares por um patrocínio de 10 anos.
O Verdão pediu que as perguntas – reveladas pelo site da ESPN Brasil – sejam respondidas até às 19h desta sexta-feira.
Confira abaixo as questões:
(i) Favor enviar organograma societário do grupo econômico do qual a Blackstar faz parte, identificando todas as empresas e seus respectivos acionistas/sócios até o beneficiário final.
(ii) Favor identificar quais empresas terão operação no Brasil, e quais delas terão relacionamento com o Palmeiras.
(iii) Qual a sua função e posição no organograma do grupo de empresas?
(iv) Quais condições contratuais serão exigidas pela Blackstar para a assinatura do contrato e a liberação do valor do patrocínio?
(v) Favor enviar o último relatório anual divulgado para o mercado com os resultados das empresas do grupo.
(vi) A Blackstar apresentará alguma garantia bancária enquanto estamos evoluindo nas tratativas? Em caso positivo, qual tipo de garantia?
(vii) Quais outras referências bancárias podem ser fornecidas pela Blackstar?
(viii) Qual o plano de investimento da Blackstar no Brasil para os próximos 10 anos? Favor detalhar áreas de atuação e valores de investimento previstos.
(ix) Como a Blackstar pretende associar a sua marca ao Palmeiras? Quais as ações de marketing deverão ser viabilizadas pelo Palmeiras?
(x) A manutenção do patrocínio e/ou dos valores estará condicionada a algum fator ou variável como, por exemplo, performance esportiva?
(xi) Quais são os atributos (brand equity) identificados na marca do Palmeiras que podem fortalecer a imagem da Blackstar ou das empresas do grupo?
(xii) Outros clubes/times do Brasil poderão ser patrocinados durante o período do contrato com o Palmeiras ou haverá exclusividade?
(xiii) Qual seria o período do contrato? A Blackstar consideraria um período menor ou maior? Qual o prazo mínimo e o máximo?
(xiv) Como seriam feitos os pagamentos das verbas de patrocínio (valores, datas, condições etc.)?
(xv) Como a Blackstar pode contribuir para o fortalecimento da marca do Palmeiras (além dos aspectos financeiros)?
(xvi) A Blackstar possui contratos de patrocínio em outros países? Quem são os patrocinados?
(xvii) A intenção da Blackstar é explorar um número específico de marcas durante o período de contrato ou não há limite?
(xviii) Quais os parâmetros considerados para a escolha do Palmeiras? Quem tomou a decisão?
(xix) O interesse da Blackstar é exclusivo e específico no futebol ou considera outras possibilidades no caso do Palmeiras? Quais?
Também à ESPN Brasil, Quícoli mostrou-se incomodado com as perguntas: “Acho estranho pedir um relatório com prazo de 24 horas. Isso me cheira a menosprezo, como se estivessem apenas querendo informar aos torcedores que estão se dedicando. Também acho estranha a atitude e o pouco avanço, até porque essa me parece ser mais uma posição de desconfiança do que de interesse” disse o executivo.
“Sendo assim, em janeiro oficializo a proposta com um contracheque e caberá à Crefisa cobrir ou ao clube escolher. O Palmeiras jamais será um balcão para leilão” encerrou.