Depois de trabalhar como modelo, atriz, apresentadora, Wanda Grandi está se dedicando a projetos sociais. Após a conclusão do curso de empreendedorismo social “VV thinking” e conhecer o método Lotus, pela Sociedade Brasileira de Inteligência Emocional, ela viajou para uma imersão no Quênia, na África, ficando dentro do orfanato Irmani. Já no Brasil, através de uma amiga, conheceu o bairro de Jardim Gramacho, em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, no estado do Rio de Janeiro. A partir daí, abriu o instituto “Sete Vidas”, onde faz um trabalho com crianças da comunidade.
A vida de glamour deixada para trás, começou aos dez anos, como modelo e acumulou diversos trabalhos para catálogos de lojas, desfiles e comerciais como Duloren, Helmann’s, entre muitos outros. Como atriz, fez participações em séries de TV, filmes e atuou na novela “Sete Pecados”, da TV Globo, onde interpretou a personagem Tamires.
Formada em Jornalismo, Wanda apresentou, por um ano, o “Fuzuê”, um programa, ao vivo, e diário na rádio Transamericana, no Rio de Janeiro. Trabalhou durante três anos como apresentadora dos canais Premiere e Combate, foi correspondente internacional do programa “Passando a Guarda” e uma das três mochileiras na primeira temporada do “Sem Destino”, do Multishow, no qual percorria, de bicicletas, as praias do Nordeste.
Como foi o seu começo na carreira artística? Comecei a modelar bem novinha , com 7 anos de idade. Trabalhei em um agência chamada Fany face e fiz bastante publicidade, como Biotônico Fontoura e Mesbla . Ali surgiu o começo da minha carreira.
O que te levou a querer estudar empreendedorismo social? Sempre foi um sonho. A minha avó Wanda é dona de uma clínica no interior do Nordeste e sempre fez muitos trabalhos voluntários. Passei minha infância toda entregando sopão para a comunidade e participando dos bazares beneficentes que ela fazia. Sempre tive ela como minha maior referência. Sou muito grata por ter nascido e crescido com esse exemplo dentro de casa, de amor ao próximo, de solidariedade, uma avó tão altruísta, que sempre teve dentro do coração a vontade de transformar o mundo. Minha avó aprendeu a fazer parto e atendia de graça as mães sem condições. Ela é meu maior exemplo. Queria estudar para entender melhor sobre empreendedorismo e deixar um legado assim como minha avó sempre fez.
Qual foi sua inspiração para fundar o instituto “Sete Vidas” e quais foram os desafios que encontrou? Maior inspiração foi ela, minha avó .Sempre encontramos muitos desafios pela frente , mas a recompensa, com certeza, é sempre muito maior e gratificante .
Quando foi que o teatro começou a fazer parte da sua vida profissionalmente? Comecei no teatro bem novinha também. Acredito que com 10 anos já fazia meu primeiro cursinho de férias na CAL ( Casa de artes em Laranjeiras) . Sempre gostei de arte.
Como foi participar da novela “Sete Pecados” e qual significado a Tamires tem para você? Foi um sonho e estudei muito para isso. Fiz diversas aulas com a Camila Amada, e a atriz Rosane Gofman também me ajudou muito. Uma experiência linda que vivenciei e guardarei para sempre na minha memória.
O que te fez querer escolher o jornalismo como formação? Sempre fui muito comunicativa , amava conversar e também gostava de TV. Não podia escolher outra profissão. Me encontrei no jornalismo , escrevendo , apresentando , produzindo matérias. Todo jornalista tem a concepção de mudar o mundo algum dia.
Você apresentou o programa “Fuzuê” na Rádio Transamerica. Quais são as lembranças que tem da época e como foi a experiência na rádio? Trabalhei durante um ano na época e foi tão gratificante . Eu interagia direto com o público, conversamos muito. Cada dia era uma pauta interessante, que eu também produzia, dava ideias e participava . A gente acaba aprendendo demais também com essa troca , informação, etc .
Tendo apresentado programas no Premiere e no Combate, conte-nos um pouco sobre esse período na sua vida. Foram 4 anos de muito trabalho. Sempre gostei de assistir luta , me lembro quando abriu vaga para apresentadora. Foi incrível, porque também apresentei o “passando a Guarda” com Jorge Guimarães, o Joinha , e tive oportunidade de fazer backsatge em Las Vegas. Foquei em aprender inglês, aproveitei a oportunidade e estudei 3 meses na UCLA, conciliando estudo e trabalho. Foi um amadurecimento profissional enorme. Não só como apresentadora, mas também como pessoa.
Como era fazer o “Passando a Guarda” no Multishow? Foi a maior oportunidade da minha vida. Amei morar em Los Angeles, aproveitei também para estudar e focar cada vez mais na minha carreira. Aprendi muito. Como convivia com eles, vi como são regrados e como eles abdicavam também de tantas coisas por inúmeras vezes. Certa vez gravei uma matéria com o Gracie , ele acordava todos os dias às 3:30 da manhã para ir a feira comprar frutas frescas e fazer seu café da manhã e almoço para família. Fiquei impressionada com o filho tão novo e com consciência de alimentação. Foi uma experiência que me marcou e que com certeza quero passar para minha família no futuro.