Diretor do Hospital Nina Rodrigues, Ruy Cruz. (Foto: Vitor Jordan)
Os muros e as paredes do Hospital Nina Rodrigues ganharam novas cores depois que grafiteiros e pacientes da unidade expressaram sentimentos e qualidades para uma sociedade inclusiva e sem preconceitos. A oficina de grafitagem, parte do Projeto Oficina da Criatividade, contou com a participação de 30 pacientes e acontece de forma contínua.
O diretor da unidade ligada à Secretaria de Estado da Saúde (SES), Ruy Cruz, conta que a ideia surgiu da necessidade em aproveitar os espaços internos e externos do hospital para resgatar a expressão humana dos pacientes. “A gente convida os grafiteiros da cidade para que eles possam, junto com os usuários dos serviços, propor algo para ser colocado na parede. Os grafiteiros acabam ensinando os pacientes a grafitar, uma maneira de fazer com que se expressem”, afirmou.
O espaço cultural de livre participação e expressão é frequentado durante as oficinas por 30 pacientes que trabalham, convivem e se expressam por meio das artes plásticas. As atividades ajudam os participantes a recuperar a autoestima, fazer amizades e se reinserir na sociedade.
O grafiteiro e arte educador Edi Bruzaca explica que os alunos aprendem técnicas de pintura em spray com desenhos relacionados ao que eles têm de vivência e conhecimento. “A arte tem um papel fundamental na vida do ser humano, tem o poder de transformar vidas. Dessa forma, vejo o grafite como uma ferramenta de transformação social, fazendo com que pequenos detalhes façam a diferença na vida das pessoas”, comentou.
Referência no atendimento psiquiátrico, o Hospital Nina Rodrigues presta assistência a pacientes com transtornos mentais e dependência química, com o propósito também de oferecer melhores condições de vida e reinserção à sociedade. Trabalhando com a vertente da psiquiatria comunitária, o hospital propõe aos moradores do Monte Castelo e região a participação nas atividades integrativas oferecidas.
“O objetivo de trazer para dentro do hospital atividades de caráter cultural é fazer com que a parte de saúde mental e qualidade de vida sejam ofertadas para a comunidade”, explicou o diretor Ruy Cruz.
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