O suposto suicídio cometido pelo presidiário Ailton de Souza Ramos nas dependências da Casa de Detenção José Mário Alves da Silva, o Urso Branco, no último domingo (17), chama a atenção para a 4ª morte ocorrida dentro do sistema penitenciário desde a intervenção administrativa da Polícia Militar (PM/RO) decretada pelo governador Marcos Rocha (PSL).
As circunstâncias da ocorrência ainda não foram esclarecidas. De acordo com informações preliminares, outros presos começaram a “bater grades” para alertar os agentes sobre a morte de Ailton de Souza, o apenado que, em apenas quatro dias, passaria a trabalhar fora da unidade iniciando o restante do cumprimento da pena em regime semiaberto. Ele deixou seis filhos.
Além de Ramos, relembra o Sindicato dos Agentes Penitenciários (Singeperon) e a Pastoral Carcerária, também foram mortos desde o dia 24 de janeiro, data da intervenção decretada pelo chefe do Executivo, os seguintes custodiados: a) Fabiano Andreott de Souza; b) Weligton Lucena Pacheco e; c) Samuel Ouvídio Nicolau.
Daihane Gomes, presidente da entidade sindical, o advogado Vinícius Miguel, consultor jurídico da instituição, e o padre José Geraldo da Silva e Deise de Castro da Silva, ambos da Pastoral Carcerária, fizeram diversas consignações em ata após a constatação do último incidente em Porto Velho.
Eles registraram em ata que a Corregedoria da Secretaria de Estado de Justiça (Sejus/RO) insiste em não permitir o acesso do sindicato nem ao advogado da entidade às dependências do complexo prisional.
Clique na imagem para ler a ata em tamanho real