Natural de Minas Gerais, a atriz Priscila Helena sempre sonhou em estudar teatro. Fez seu primeiro curso aos 11 anos de idade, através de um projeto social que existia na cidade de Juiz de Fora.
No ano passou, veio para o Rio de Janeiro, onde teve de se adaptar a morar sozinha pela primeira vez, estudando na Escola Técnica de Teatro Martins Pena.
Atualmente a atriz faz parte do elenco da série “Além de Alice”, onde interpreta a personagem Luíza.
Como o teatro entrou na sua vida?
Sempre fui apaixonada pelo teatro. O primeiro curso que fiz tinha 11 anos e foi através de um projeto social que existia em Juiz de Fora, minha cidade Natal. Depois desse primeiro contato, não parei mais. Desde pequena sempre criava peças de teatro e representava na minha própria casa.
Você é natural de Juiz de Fora e veio para o Rio de Janeiro no ano passado. O que te motivou a fazer essa mudança e como foi sua adaptação aqui?
Sempre sonhei em estudar na Escola Técnica de Teatro Martins Pena. No ano passado, me mudei para o Rio. A adaptação foi bem difícil e dolorosa. Sentia falta do jeito acolhedor que a gente só encontra em Minas. Dos cafés e das broas e principalmente da minha família e dos meus amigos. Não conseguia me sentir pertencente a essa cidade. Com o início das aulas na Martins Pena tudo mudou. A Martins é um lugar incrível e só quem esta lá dentro tem a dimensão do crescimento que a escola nos proporciona. Mas aqui no Rio, nessa cidade feroz, a gente precisa matar um leão de cada vez. Vou me adaptando aos poucos com essa correria danada!
Considerada uma personagem de personalidade muito “firme” e decidida, como foi seu estudo para interpretar Luíza?
A minha Luíza nasceu de tudo o que fervilha no meu coração. Tentei trazer o máximo de Priscila para a Luíza. Somos muito parecidas em muitas coisas. O estudo foi principalmente do “ser de verdade”.
Hoje em dia, muitas produções costumam abordar conteúdos considerados “polêmicos” e de interesse público. O que você acha da abordagem sobre o LGBT na série?
Acho uma abordagem poética e linda. Alice e Luíza são o retrato de muitos amores que estão por ai nesse mundo. Acho que vem daí a grande aceitação do público. Além disso, as questões trazidas pela trama são extremamente importantes para o cenário em que estamos vivendo: um cenário de tantas correntes retrogradas! “Amar sem Temer”, esse é o meu Lema.
Quais são suas inspirações como atriz?
A minha inspiração é múltipla. Mas de todas, a maior delas é uma grande amiga: Kelzy Ecard, um monstro do Teatro Brasileiro! Jamais tive contato com uma mulher tão poderosa. Tão forte. Quero ser igual a ela quando eu crescer.
Com uma experiência já em teatro e cinema, como foi atuar no seu primeiro trabalho na internet? A diferença na produção chega a influenciar o artista?
Acredito que a diferença na produção acrescente no artista. Trabalhar com linguagens diferentes é sempre mágico. Além de Alice foi uma das experiências mais incríveis que vivi com o audiovisual. Um verdadeiro presente.
Na segunda temporada da série, você assumiu uma personagem que já existia anteriormente. Foi um desafio ter que incorporar um papel que já era vivido por uma outra atriz?
Desafio sempre é. Qualquer trabalho. E que bom (RS). Assisti o trabalho da outra atriz para entender essa outra leitura da personagem. Mas busquei imprimir na Luíza uma personalidade própria minha para ela.
O que a experiência da série trouxe para a sua vida?
Essa experiência me concedeu uma carga maior para encarar outros trabalhos como atriz. Mas, acima de tudo, me trouxe muita gente carinhosa que começou a acompanhar o meu trabalho. E isso é tão bom. Receber o apoio de muitas meninas que se viram representadas pela personagem. É MUITO AMOR.
Deixe uma mensagem.
Queria agradecer a equipe da Linha Produções, minhas parceiras de cena e, claro, a toda a galera que acompanhou essa temporada que foi feita com tanto amor. O publico é o nosso maior combustível e nada faria sentido sem esse amor todo que venho recebendo desde que a temporada foi lançada. Sou muito grata ao universo por essa oportunidade.