Artista desde pequeno, Matheus Ueta praticamente cresceu no meio artístico. Começando a trabalhar com campanhas publicitárias desde pequeno, fez seu primeiro trabalho aos 3 anos.
Porém foi em 2012 que ele conquistou o sucesso interpretando o personagem Kokimoto Mishima no remake brasileiro da novela “Carrossel” de 1989. Ainda no SBT, se tornou apresentador dos programas “Bom Dia & Cia” e do “Sábado Animado” junto com Ana Júlia Souza, o que rendeu ao ator o Troféu Imprensa.
Em 2015, estreou nos cinemas com a adaptação da novela, que no ano seguinte ganhou sua continuação. Em 2016, integrou o elenco da Cia Conte Outra Vez, estreando nos palcos com o espetáculo “O Que Você Vai Ser Quando Crescer”, dando vida ao personagem JC.
Como a atuação passou a fazer parte da sua vida?
Muita gente questiona isso, e a verdade, é que eu não tenho uma resposta para essa pergunta. Foi uma coisa que aconteceu, ou melhor, que foi acontecendo. Comecei fazendo publicidade com 3 anos e apesar das campanhas não exigirem grandes atuações foi ali que tudo começou.
Em 2012, estreava na televisão, o sucesso da novela “Carrossel”, onde interpretou o Kokimoto. Como é a relação entre o elenco hoje em dia?
É ótima! Fiz grandes amigos durante as gravações. Não conseguimos nos encontrar sempre porque todo mundo tem uma agenda meio agitada, mas nos falamos bastante. E quando rolam as festas de aniversário a gente consegue matar um pouco a saudade.
Ainda sobre a novela, no início desse mês começou a tão esperada reprise no SBT. Como está sendo ver a história novamente?
Muito legal! Eu tenho assistido alguns capítulos e é muito engraçado se ver, super toquinho, na TV. Estou curtindo muito a reprise. Fico lembrando as gravações, do pessoal… foi uma época muito divertida!
No início das gravações, uma das curiosidades que temos, é que você ainda não sabia ler. Era difícil conseguir decorar e se preparar para entrar no personagem?
Acho que minha mãe seria a melhor pessoa para responder esta pergunta rs, porque ela criou um “esquema”, que para mim era super fácil, agora não sei se para ela era difícil. Eu até já sabia ler, mas os roteiros eram muito extensos e eu não tinha 100% de compreensão da leitura deles. Então, minha mãe gravava tudo para mim. Ela gravava o texto todo, os capítulos inteiros, e dava as intenções, e eu ia só ouvindo e entendendo a história o que, depois, facilitava muito na hora de eu reproduzir em cena. Tanto que eu acabava sabendo o texto de todo mundo.
Como foi trabalhar com Ana Julia Souza no “Bom Dia & Cia”?
Apresentar o BDC foi um enorme aprendizado na minha vida. Aliás, um aprendizado e uma honra. Sou muito grato ao SBT por esta oportunidade. Todos que passaram por ali comigo me ensinaram demais. Apresentar um programa ao vivo não é moleza, mas a gente se curtia demais. A equipe do programa era sensacional e fazia com que tudo fosse leve e divertido.
No ano de 2015, estreava nos cinemas “Carrossel – O Filme”, como foi trazer a história da novela para o cinema? Houve muitos desafios nessa transição?
Ah! Foi meu primeiro trabalho no cinema e, apesar de ser bem parecido com fazer TV, não tem nada a ver. rs O cinema requer outra postura corporal, outro tipo de movimento e, é claro, precisei aprender isso tudo. Cinema é mais detalhista, repetimos a mesma cena diversas vezes. Mas em compensação, quase não temos texto para decorar, afinal gravamos 3 cenas no dia e na novela 20. Mas foi uma experiência incrível também. Adorei e adoro fazer cinema, o resultado é sempre muito legal. Aliás, estou aguardando ANSIOSO pelo resultado final de Os Exterminadores do Além Contra a Loira do Banheiro.
Como foi participar do “TeenBroadway”?
O TeenBroadway ou Teen para os íntimos rs virou minha segunda casa. Estou lá há dois anos, e apesar do ritmo de ensaios ser intenso, eu adoro. Fiz muitos amigos e cresci demais estudando com eles. A dinâmica das aulas, os professores e as montagens dos musicais é tudo muito legal. Acompanhar o processo todo, ver o espetáculo nascendo e trazer isso tudo para o palco é muito louco. A única coisa chata é que fazemos apenas uma apresentação de cada montagem. Queria fazer muito mais rs.
Fale um pouco sobre sua experiência dublando o Ninja Noturno em “PJ Marks”?
Dublagem em si é um processo muito legal. Dos trabalhos que tenho feito ultimamente é um dos que mais gosto. E dublar desenho é mais legal ainda. O Ninja Noturno é o vilão do PJ Marks e ele só se mete em enrascada o que faz com que dublar ele seja muito divertido.
Em 2017, a Disney Channel Brasil o convidou a participar de “Andi Mack”. Como foi participar da série?
Eu não participei da série. Na verdade dublei o Cyrus Goodman, que é um dos protagonistas. Mas Andi Mack é um seriado que eu adoro, não só por conta da minha dublagem, mas porque é bem legal mesmo. Ela foge bastante do estereótipo das séries da Disney e aborda temas mais polêmicos e atuais.
Sabemos que uma de suas influências para entrar na carreira artística foi sua madrinha Flávia Vianna. Como foi o incentivo dela e da família na sua profissão?
A madrinha incentivou meus pais a começarem, a procurar uma agência para me cadastrar porque, além de eu ser muito diferente (não é em todo lugar que se encontra um Japonês ruivo; não é mesmo?) ela me achava muito inteligente e espontâneo. Meus pais, principalmente minha mãe que é quem me acompanha em tudo, sempre foi minha maior incentivadora. Eles me apoiam demais, até porque sem o apoio deles eu não teria como fazer muita coisa. Afinal, tenho só 14; né?
Como é conciliar os estudos com o dia-a-dia de trabalho?
É que aqui em casa não tem muito essa coisa de conciliar. A escola sempre foi prioridade e eu faço os trabalhos “nas horas vagas”. Meus pais não admitem que eu falte na escola, então, tudo que é agendada precisa ser fora do período de aula e quando estou em semana de provas, raramente eles deixam marcar qualquer coisa. O combinado é: só faço as coisas se estiver indo bem na escola, então, não tem outro remédio senão rachar de estudar para poder continuar com o que gosto.