Uma situação atual com estilo antigo, assim podemos definir o single “Perdendo a Mão”, lançado esse mês pela dupla Seakret.
A música que contou com a participação das cantoras Anitta e Jojo Maronttinni, foi gravada no bairro em que a Anitta cresceu e retrata uma questão social que infelizmente é muito presente na sociedade: o abuso que as mulheres sofrem no dia-a-dia. Além da crítica social, a música também instiga as mulheres a questionarem suas próprias independências.
Gravado em Honório Gurgel, o clipe foi filmado através da clássica câmera VHS, e ambientado na casa em que a cantora morou na sua infância, além de contar com a antiga produção do Furacão 2000 que trabalhava com Anitta na época.
Quando foi que a música entrou na vida de vocês?
A música entrou na minha vida desde que eu nasci, porque todo domingo meu pai fazia umas audições comigo com os vinis dele, desde Beach Boys, Caetano Veloso até Iron Maiden, desde Black Sabbath até Joelho de Porco, desde Tom Zé até sei lá… Tinha de tudo, e a partir daí eu sempre cresci com a música na minha vida. Fiz aula de piano, fiz aula de violão, tive banda desde moleque, e acho que tava predestinado a trabalhar com isso.
O que os inspirou a lançar “Perdendo a Mão”?
O que inspirou foi a gente ter feito um som que a achamos que tinha a cara da Anitta, e ela ter topado fazer, ter feito uma puta de uma letra que a gente curtiu, já ter idealizado tantos clipes quanto esse lançamento junto com a gente, e um projeto desse não tem como você deixar guardado né.
De onde veio o nome Seakret?
Seakret é um projeto do Danilo com outro parceiro nosso que não foi para frente. Sinceramente eu nem sei da onde ele tirou isso, mais eu achei bonito, achei legal, e quando a gente foi montar o projeto a gente resolveu usar.
Como vocês se conheceram?
A gente se conheceu em 2008, quando eu não era do Cine ainda, e o Cine foi no estúdio que eu trabalhava lá com Marcelinho, para agente produzir o primeiro EP deles, a partir daí começamos a fazer música juntos e não paramos.
Nesse último lançamento, a banda contou com a participação de Anitta e Jojo Maronttinni. Como foi trabalhar com elas nesse projeto?
Trabalho foi muito rápido, porque entre fazer a música, gravar e fazer o clipe, foram 6 ou 7 dias. As duas são muito talentosas, são divertidas e sabem bem o que querem. O trabalho foi muito prático, a gente resolveu tudo pela internet antes de se encontrar, então em 3 ou 4 horas no estudio, a gente já resolveu a música lá no Rio, e cara, é muito louco ter duas mulheres como elas num som, no clipe, podendo fazer essa parceria falando de uma coisa tão importante.
Vocês abordaram um tema forte, que é o relacionamento abusivo que as mulheres sofrem. O que os fez enfocarem esse assunto?
Essa letra foi Anitta que fez, a gente nem se considera pessoas que podem falar sobre isso, mas a gente acha esse diálogo muito importante, e me senti muito feliz e muito honrado de poder lançar um som assim, com duas mulheres fortes como Anitta e a Jojo falando sobre isso.
Como foi trabalhar com Junior Bill?
Cara…como foi tudo muito rápido, a gente chegou, comprimentou o Júnior, e aí já tavamos gravando o clipe, mas foi muito legal. Todo o clima do clipe foi muito descontraído, e foi uma parada bem legal. Aquela festa não foi simulada, foi realmente uma festona, e ele foi super atencioso, muito profissional.
Falem um pouco sobre a experiência de gravarem em Honório Gurgel?
A gente não conheceu tanto Honório, porque como foi tudo muito rápido, a gente foi direto para a casa filmar o clipe, que era a casa de um amigo da Anitta, que é onde eles faziam as festas das antigas deles. Todo mundo que a gente conheceu nos recepcionou muito bem, a gente se sentiu totalmente em casa, chegamos lá, os amigos dela estavam fazendo um churrascão, tomando uma breja, a gente já se envolveu, abraçou geral, e pelo pouco que a gente conheceu de lá, já gostamos demais.
Outra peculiaridade sobre a produção, é que foi gravado em câmera VHS. Como foi o processo de produzirem um clipe em estilo retrô?
Cara a ideia foi da Anitta, porque a ideia era realmente retratar uma festa como se fosse na época das festas deles. Para gente não muda muita coisa única, a única coisa que muda é a câmera mesmo. Acho que o trabalho maior foi do próprio Júnior, que teve que fazer isso, adaptar para as ferramentas que a gente usa hoje em dia para editar e tal.
Deixe uma mensagem.
Salve, salve galera do LM! Pedro Dash do Seakret aqui. Muito obrigado para todo mundo que acompanha nosso trabalho. Quero pedir para todos vocês ouvirem Perdendo a Mão, assistir o clipe, falar para gente o que achou, e ficar ligado que tem muito mais coisa vindo aí. É nós.