Conhecido na televisão por interpretar o Professor Renê em “Carossel”, Gustavo Wabner Iniciou sua carreira em 1990. Trabalhou com alguns dos mais importantes nomes do teatro brasileiro, como Gerald Thomas, Naum Alves de Souza, Gabriel Villela, Sergio Módena, Pedro Brício, Gilberto Gawronski e Ron Daniels. É um dos produtores e diretores da Trupe Fabulosa. Dirigiu os musicais “Paletó de Lamê”, “Mulheres do Brasil” e “Politicamente InCorretos”.
Como ator participou de várias novelas e séries, entre elas “Malhação” e “Paraíso Tropical” na Rede Globo e mais recentemente foi um dos protagonistas de “Carrossel” (SBT) e também do longa metragem “Võo Cego Rumo Sul. Atuou em mais de 150 campanhas publicitárias no Brasil e no exterior.
Atualmente está em temporada na direção de “Os Vilões de Shakespeare”, com Marcelo Serrado, e como ator em “O Princípio de Arquimedes”, direção de Daniel Dias da Silva, e em breve novamente também no espetáculo “Estes Fantasmas!”, de Eduardo De Filippo, com direção de Sergio Módena.
Quando aconteceu seu primeiro contato com a arte?
Acho que desde muito pequeno sempre me interessei, me expressei e apreciei várias formas diferentes de arte. Eu quando era criança sempre brinquei muito. Acho que a brincadeira desperta nosso lado lúdico. Eu ficava horas desenhando, brincando de faz de conta, criando histórias. mais tarde passava tardes inteiras vendo filmes ou lendo. O teatro entrou mais tarde, bem mais tarde. Eu nunca havia ido a um teatro quando criança, nunca havia assistido um peça. Somente aos quinze anos, quando passei para o segundo grau e voltei a morar em Porto Alegre (sou gaúcho, mas minha família morou na Amazônia por mais de cinco anos), que intuitivamente me inscrevi numa oficina de teatro que ia acontecer no colégio. Comecei a fazer e assistir teatro nesta época e não parei nunca mais. E nunca só como ator. Fiz de tudo um pouco: contra regragem, cenário, figurino, produção, bilheteria, programação visual, etc. Talvez esta curiosidade por conhecer na prática todas estas diferentes áreas do “fazer teatral” tenha me levado a paixão pela direção. Nunca vou deixar de ser ator, mas dirigir, criar de uma maneira mais ampla tem me fascinado cada vez mais.
Como surgiu a ideia da Trupe Fabulosa?
A Trupe Fabulosa surgiu em 1998, quando eu e mais dois amigos também artistas de teatro resolvemos nos reunir para montar uma adaptação do conto do Hans Christian Andersen para “A Roupa Nova do Imperador”. A partir daí, idealizamos e produzimos vários outros projetos. Não somos uma cia de teatro. Somos um núcleo de criação que concebe, produz e cria seus trabalhos. Se produzir, na minha opinião, dá uma autonomia, uma certa independência em relação ao mercado supersaturado e competitivo que temos, mas principalmente porque acredito que o artista tem que ter a liberdade de escolher sobre o que quer falar.
Conte-nos um pouco sobre sua experiência como o professor Renê em “Carrossel”?
Foi uma delicia, só tenho boas lembranças. A novela foi um sucesso, o clima era de muita alegria nos bastidores. Fiz ótimos amigos na novela.
Com cerca de 20 peças teatrais em seu currículo de diretor, qual foi o projeto que mais te marcou na direção?
Trabalhei durante muitos anos como diretor assistente de grandes diretores que foram fundamentais para a minha formação que é completamente calcada na prática (não tenho formação acadêmica em teatro). Minha escola foi o palco e nele trabalhei ao lado de Naum Alves de Souza, Gabriel Villela, Sergio Módena, Ron Daniels, Pedro Brício, Deborah Colker, entre outros. Mas sem dúvida, o projeto que mais me marcou é a minha primeira direção solo em “Navalha na Carne”, de Plínio Marcos. Estamos em temporada com a peça neste momento.
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