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O ex-pastor evangélico Gilson Neudo Soares do Amaral e o comerciante Lailson Lopes, conhecido como “Gordo da Rodoviária”, foram condenados a 14 anos de prisão em regime fechado por terem sido julgados culpados de encomendar e planejar o assassinato do radialista Francisco Gomes de Medeiros, o F. Gomes, em 18 de outubro de 2010, no município de Caicó, Seridó do Rio Grande do Norte.
A sentença, que já havia sido adiada quatro vezes, foi proferida na noite da última terça-feira, 16, em júri no Fórum Desembargador Miguel Seabra Fagundes, em Natal. Enquanto que Lailson poderá recorrer da sentença em liberdade, Gilson, que já se encontra preso, permanecerá detido.
De acordo com apurações da Divisão Especializada em Investigações e Combate ao Crime Organizado (Deicor), na época liderado pela atual secretária de Segurança Pública e Defesa Social de Natal, Sheila Freitas, F. Gomes foi assassinado a mando de pessoas que organizaram uma “vaquinha” para repassar ao assassino confesso João Francisco dos Santos, o “Dão”, R$ 10 mil. Conforme a Deicor, além de Gilson e Lailson, o grupo também e ra formado pelo tenente-coronel da Polícia Militar, Marcos Antônio de Jesus Moreira, pelo advogado Rivaldo Dantas de Farias e pelo soldado da PM, Evandro Medeiros.
Caso
No dia 18 de outubro de 2010, o radialista F. Gomes estava na calçada de sua residência, na rua Professor Viana, no bairro Paraíba, quando um homem em uma moto o abordou e atirou contra ele. O jornalista foi alvejado três vezes, e ainda foi levado com vida para o Hospital Regional, mas não resistiu. Ele tinha 46 anos, marido de Eliane Gomes e pai de três filhos.