[bloqueador2]Vice-presidente da Dupont, H. P. Nanda (à frente) visita a planta de membranas por ultrafiltração, referência desse tipo de tecnologia no Brasil | Foto: Marco Peixoto / Caesb
“Acreditamos que a ciência é global, mas as soluções são locais.” Palavras do vice-presidente da Dupont Water Solutions, H.P. Nanda, ao abrir, na última quinta-feira, 18.07, um evento com o propósito de discutir inovação e tecnologia para saneamento. Realizado pela Dupont na Estação de Tratamento de Água (ETA) Lago Norte, onde está instalada uma planta de 630 módulos de membranas de ultrafiltração, a visita técnica reuniu integrantes de empresas de saneamento, do governo federal e da Confederação Nacional da Indústria (CNI).
O executivo agradeceu a Caesb pelo investimento na tecnologia, destacando que a Companhia tornou-se uma referência. “Grande parte da população mundial não tem acesso à água potável. Garantir esse acesso é prioritário. Quando a sociedade é abastecida com água de qualidade, nós vemos a redução na mortalidade infantil e vemos a produtividade das pessoas aumentar. A tecnologia é essencial para isso”, defendeu.
Presente ao encontro, o presidente da Caesb, Carlos Augusto Bezerra, afirmou que a tecnologia das membranas foi determinante para a superação da crise hídrica. “Essa inovação foi essencial. Pretendemos utilizá-la nas nossas próximas plantas”, adiantou.
Atualmente, o sistema de tratamento por membranas de ultrafiltração é usado da ETA Lago Norte, onde são captados, tratados e distribuídos 700 litros por segundo para as regiões do Lago Norte, Itapuã, Paranoá, Varjão, Taquari e parte de Sobradinho e da Asa Norte. Também foi implantado na ETA Gama.
A engenheira química Cláudia Simões, coordenadora de Operação da Caesb responsável pelo sistema, e o gerente de Operações, Wellington Ribeiro de Freitas, falaram sobre a experiência da Caesb com o sistema de membranas e lembraram que a ETA Lago Norte coroa um longo trabalho de recuperação e despoluição do Lago Paranoá – trabalho capitaneado pela Caesb desde os anos 1990, de maneira que o lago se tornasse mais uma fonte de abastecimento da população do Distrito Federal.
O diretor de Operação e Manutenção da Caesb, Carlos Eduardo Borges Pereira, detalhou as vantagens do sistema usado há um ano e nove meses pela Caesb: “Tem uma estrutura muito otimizada, não exige grandes obras físicas, reduz muito os custos operacionais e mantém um padrão de qualidade constante, além de a água ter excelente nível de potabilidade”. Com essa tecnologia, é possível captar e tratar a água apenas com os químicos obrigatórios pela legislação, tudo no mesmo local, enviando os efluentes diretamente para a estação de tratamento de esgoto.
Renato Ferreira, diretor do Departamento de Recursos Hídricos e Revitalização de Bacias Hidrográficas do Ministério do Desenvolvimento Regional, parabenizou a Caesb pela adoção pioneira desse tipo de tecnologia, lembrou que o Distrito Federal foi a primeira unidade da federação a regulamentar o reuso de água, por meio de portaria da Adasa, e acrescentou que já não se discute saneamento sem abordar a questão da tecnologia.
“No passado, nunca se pensou em tratar esgoto para virar água. Hoje, com a melhoria da qualidade dos efluentes, o que era rejeito vira recurso”, declarou.
A Caesb coleta hoje 88% do esgoto do DF e trata 100% do que é coletado.
*Com informações da Caesb
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