Quem cresceu ao lado de um animal de estimação, sabe o quão doloroso é sua perda. Mesmo com alguns casos inevitáveis, afinal, este é o ciclo da vida, em alguns casos, algo pode salvar a vida do seu companheiro, o transplante canino de órgãos.
Assim como em nós, humanos, quando um pet vem a falecer, em certos casos, alguns órgãos ainda estão em funcionamento. No entanto, este é um assunto que ainda gera dúvidas em muitos tutores e, por isso, vamos falar sobre essa descoberta da medicina veterinária, que poderá salvar a vida de inúmeros companheiros.
Entenda como funciona o transplante de órgãos em cães
No Brasil, o transplante de órgãos entre cães ocorre desde 2004, porém, no exterior, diversos felinos já passaram por essa experiência. Lá fora, os resultados foram extremamente positivos, chegando a proporcionar mais de 3 anos de sobrevida ao pet.
A cirurgia é feita em caso de um pet com morte cerebral, ou então, quando o animal consegue repor o que é retirado, como o fígado ou a medula. Órgãos em números pares também são permitidos, no caso dos rins, por exemplo.
Infelizmente, os animais de estimação também estão suscetíveis à rejeição do órgão pelo organismo. E, para evitar que isso ocorra, é necessário realizar uma bateria de exames antes da cirurgia e um longo tratamento acompanhado por um especialista.
Contudo, pesquisas estão sendo feitas para garantir que esse cenário mude, já que pode meio de mecanismos de imunidade celular e hormonal, é possível retardar a rejeição. Esperamos que isso evolua, não é mesmo?
Todo pet pode doar órgãos?
Na teoria, sim! Porém, é sempre necessário atentar-se a alguns pontos fundamentais, não só para garantir que a cirurgia seja um sucesso, mas também para promover um bom funcionamento do organismo do pet que receberá o órgão.
Outros pontos também podem interferir na condição do pet que irá transplantar os órgãos. Históricos de leishmaniose, nos cães, FIV e FELV, nos gatos, tumores, cardiopatias, diabetes, insuficiência hepática e idade superior a 10 anos impedem o animal realizar esse tipo de procedimento.
Animais com um bom estado de saúde capturados pelas prefeituras e com o mesmo tipo de sangue que o pet receptor estão aptos a doar. Nesses casos, o tutor do pet que receberá o órgão deve adotar o pet doador e ficar com ambos após o transplante.
Cães e gatos com grau de parentesco têm chances bem menores de rejeição. Porém, também é necessária uma análise clínica cuidadosa, já que algumas doenças podem ser hereditárias.
Pets doadores podem ter a saúde danificada?
Não é comprovado que a saúde de um pet é danificada após a realização do transplante. Isso porque, assim como em humanos, alguns órgãos se regeneram e nos casos de órgãos em pares, como os rins, é possível viver a vida tranquilamente.
No entanto, é fundamental que após a cirurgia, ambos os pets recebam os cuidados adequado e, em alguns casos específicos, seja adepto de uma dieta crônica para evitar a rejeição.
Por um tempo determinado pelo veterinário, o animal de estimação doador deve ter o acompanhamento necessário para garantir um bom funcionamento do organismo.
A vida pós transplante no receptor
Para evitar que a rejeição ocorra, o pet que recebe o órgão deve receber uma medicação imunossupressora pelo resto da vida. Isso fará com as células que a causam não afete com tanta agressividade o órgão que foi recebido.
Mas, infelizmente, esse tipo de medicação pode deixar o cão ou o gato mais vulnerável às infecções bacterianas. É, por isso, que mais do que nunca as condições de higiene e uma alimentação equilibrada devem ser oferecidas a ele.
Transplante de órgãos em animais: uma segunda chance
Graças ao avanço da medicina, hoje é possível saber que muitos animais de estimação podem ter uma segunda chance ao lado de quem tanto os amam! O cenário é promissor e só tende a evoluir cada vez mais!
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