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O futuro da educação e como as gerações Y e Z vão frequentar os espaços acadêmicos foi tema da palestra “What schools are learning from silicon valley”, que abriu o segundo dia do evento ConheCER 2019, promovido pelo Sebrae. Dale Stephens lidera o UnCollege – movimento que visa mudar a noção de que ir para a universidade é o único caminho para o sucesso. O programa ajuda jovens a desenvolverem a sua capacidade de auto aprendizado de maneira livre e independente.
Apontado pela Forbes como um dos jovens mais influentes na educação, compartilhou com a plateia a sua experiência. Segundo ele, frequentar a escola nunca foi prazeroso. Diante do cenário, começou a imaginar como seria a escola ideal. Após refletir, abandonou a ensino básico e buscou novas formas de aprender de maneira autônoma. “Essa experiência de perceber um problema e buscar uma solução é algo que eu levo para a minha vida. Depois, fui para a universidade, mas não tive um 1º semestre agradável e me perguntei o motivo das coisas não serem diferentes”, refletiu. Para Stephens, os estudantes são passivos no processo do conhecimento e isso não forneceu a ele a mesma noção de aprendizagem que ele tinha anteriormente. “Podemos ajudar essas pessoas a aprenderem melhor, serem aptas a se ajudarem e tornar todos empreendedores. A reflexão é a chave para o processo de aprendizagem”, pontuou. Nesse processo de amadurecimento, surgiu o UnCollege. Atualmente, o projeto funciona com um grupo de estudantes que, ao longo de um ano, cumprem as etapas estabelecidas pelo programa. “Entendi que todos desejam provar que são suficientes e cada um possui um processo específico de conhecimento. O interessante do auto aprender é que podemos nos transformar em agentes ativos”, concluiu. Tecnologia para educaçãoA programação ainda recebeu o talk “Tecnologia para educação”. Marcelo Pimenta, professor na ESPM – SP e especialista em descomplicar a inovação; e Vânia Tanira Biavatti, doutora em Ciências Sociais – Políticas / PUC-SP e mestre em Educação – Ensino Superior / FURB; abordaram o tema e bateram um papo com a plateia. Vânia Tanira Biavatti trouxe para o debate a sua perspectiva, de uma professora que tem dificuldade de se inserir no mundo tecnológico. “Quando comecei a trabalhar, a gente não tinha a existência da internet e do celular”. Segundo Vânia, os conflitos geracionais são inerentes ao processo educacional, pois professores de uma outra geração lidam com alunos de uma época diferente. “Observamos que esse diferença geracional intensifica conflitos. Ainda que consideremos a formação docente frágil do ponto de vista tecnológico, a escola uma instituição conservadora e as políticas públicas como insuficientes e ineficientes. Por mais que tomemos esses pontos como justificativas, ainda assim não é suficiente para entender o que nos acontece para termos tantas dificuldades de trazer aparatos tecnológicos para a sala de aula”. De acordo com a professora, é necessário aprender a desaprender e questionar qual será o papel do docente para uma sobrevivência futura. Nesse cenário, ainda reforçou que, para acessar a inovação e criatividade, é necessário esforço, persistência, autoestima e resiliência. Para Marcelo Pimenta, todo mundo pode ser um empreendedor, professor ou empresário desde que tenha acesso às condições necessárias para desenvolver suas competências. “É fundamental adotar uma postura proativa diante de um mundo com mudanças constantes”, pontuou. Pimenta ainda explicou que é preciso desmistificar que a tecnologia está mais ligada a um jeito de pensar do que o uso de equipamentos modernos.
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