Atualmente, itens tecnológicos não são mero luxo: são uma necessidade. Leilões de eletrônicos são boa alternativa para adquirir produtos de ponta sem gastar muito.
Pagar contas, tirar fotos e até mesmo socializar com pessoas queridas que vivem longe. Com os avanços observados na tecnologia, essas são apenas algumas das muitas possibilidades proporcionadas por itens como smartphones, tablets, notebooks e smart watches. Portanto, eles não são mais considerados itens supérfluos, mas objetos de primeira necessidade. Isso tem se mostrado especialmente verdadeiro durante a epidemia de coronavírus: esses aparelhos têm sido de grande ajuda para driblar os desafios do isolamento, sejam eles sociais ou logísticos, como fazer compras no mercado e comprar remédios.
O problema é que, no Brasil, contar sempre com gadgets de última geração e ter acesso às funcionalidades por eles proporcionadas é algo para poucos. Um relatório elaborado pelo banco BTG Pactual revelou que os brasileiros pagam 74% a mais pelo iPhone e 140% a mais pelo iPad em comparação a um consumidor americano. Considerando uma cesta de produtos selecionados, o adicional fica em 18%. Além dos impostos, a alta cotação do dólar tem inflado esses itens para o consumidor do país.
Brasil é um dos que mais consome eletrônicos no mundo
Por mais que os preços dos eletrônicos no Brasil estejam entre os maiores do mundo, o país é um dos que mais consomem esse tipo de produto no planeta. Em 2013, antes de a crise econômica atingir o país, os brasileiros ocuparam a segunda posição no ranking de países que mais compraram smartphones.
Recentemente, a crise econômica, que apertou o orçamento das famílias, e a alta do dólar, que aumentou ainda mais os preços dos eletrônicos para os brasileiros, têm reduzido esse consumo. Entretanto, nem todos sabem que há uma alternativa para adquirir esses itens sem correr o risco de importá-los por conta própria nem ter que pagar os preços abusivos praticados nas lojas do país: os leilões de eletrônicos. Assim como no caso daqueles que oferecem veículos e imóveis, eles permitem que compradores em potencial deem lances em itens que não ficaram com os donos.
Leilão de eletrônicos é alternativa para economizar
Ao contrário do que muitos pensam, comprar produtos em leilões de eletrônicos não é sinônimo de adquirir um item defeituoso. Na realidade, os objetos vendidos dessa forma podem ter diversas origens: empresas que pretendem renovar sua infraestrutura tecnológica, por exemplo, podem leiloar seus eletrônicos antigos para ajudar a financiar os novos.
Além disso, a própria Receita Federal costuma realizar leilões de eletrônicos. Nesses casos, os produtos são frutos de apreensões realizadas pela autarquia, tanto as de grandes escalas quanto as pequenas (por exemplo, quando alguém tenta driblar o Fisco ao realizar uma importação direta para usufruto próprio, normalmente da China). Também há itens confiscados de pessoas que trouxeram itens não declarados e/ou que superam o limite permitido para compras no exterior. Nesse caso, o repertório de produtos é amplo: há desde smartphones até computadores, passando por tablets e smartwatches. É possível adquirir gadgets que sequer foram tirados da caixa.
Na maior parte dos casos, os leilões de eletrônicos permitem realizar uma compra com uma relação custo-benefício melhor. Contudo, no caso daqueles realizados por empresas, pode ser que haja um leve desgaste trazido pelo uso contínuo dos itens. Da mesma maneira, há a desvantagem de ter que fazer o pagamento à vista, no ato da compra.
Também vale ressaltar que, além da modalidade presencial, é possível participar de leilões online. Neles, os interessados se reúnem em um ambiente digital, onde os produtos são mostrados, e podem fazer sua oferta de onde quer que estejam.
Leilão de eletrônicos: é preciso cuidado para fazer bom negócio
Por mais que os leilões de eletrônicos, de modo geral, sejam uma ótima oportunidade para comprar produtos de última geração por uma fração do preço, é preciso tomar alguns cuidados para garantir um ótimo negócio.
Antes de tudo, é fundamental escolher leilões de confiança, como os da Receita Federal e aqueles realizados por grandes empresas. Do contrário, existe a chance de comprar um produto com danos que foram ocultados – ou, até mesmo, falsificado. Se isso acontecer, o barato pode sair caro.
Da mesma maneira, é interessante chegar ao leilão já sabendo que tipo de eletrônico você quer comprar, e não se deixar levar pelas ofertas. Por exemplo: se o que você realmente precisa é um smartphone novo, não há porque dar um lance em um smartwatch. Também é interessante já saber qual é o valor de mercado do produto em questão: dependendo dos lances do leilão, pode ser que valha mais a pena adquirir um novo.
Por último, mas não menos importante, antes de participar de um leilão de eletrônicos para realmente comprar alguma coisa, recomenda-se participar de outros, apenas como ouvinte. Assim, é possível acostumar-se o ambiente, aumentando as chances de fazer um bom negócio.