Jô segue na mira do Corinthians para reforçar o ataque alvinegro
Daniel Augusto Jr/Ag. Corinthians
A paralisação do calendário do futebol brasileiro impactou diretamente os cofres do Corinthians. Depois de todos os patrocinadores suspenderem ou cortarem parte do pagamento, o clube rescindiu com o primeiro parceiro no início desta semana. Tudo isso, somado a problemas anteriores a pandemia, dificultam a realização de um sonho da Fiel: a volta de Jô.
Questionado sobre o tema, o diretor de futebol Duílio Monteiro Alves ressaltou a necessidade de cautela para fazer novas dívidas. Ainda assim, no entanto, voltou a dizer que o clube monitora com frequência a situação do centroavante, que pode rescindir seu contrato com o Nagoya Grampus, do Japão – o vínculo vai até o final do ano.
"Temos monitorado o mercado, é nossa função, mas hoje é uma situação diferente vivida no mundo. Responsabilidade e pés no chão. Estamos em uma redução de folha de pagamento desde o ano passado para esse. É preciso ter cuidado nos números até porque é impossível prever quando vai ser a volta do futebol, economia no mundo. Todas as empresas passam por dificuldades, e Corinthians não é diferente", pontuou o dirigente, em entrevista ao GloboEsporte.com.
"Existe, sim, acompanhamento diário da situação dele (Jô). Ele começou aqui, fez muito sucesso aqui, teve excelente passagem em 2017. Se existir a chance dentro de valores compatíveis, sem fazer loucura, ele pode vir. Fora isso, não. Não dá para falar agora", completou.
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Atualmente, vale lembrar, o clube já cortou o salário dos funcionários e dos jogadores. Ainda assim, há atrasos, que devem ser pagos nesta semana com o adiantamento da venda da Pedrinho. Sem previsão de retorno das partidas e treinos, o clima para o futuro é de incerteza e os cálculos são diários para entender o que fazer.
"Nesse período, a gente vem trabalhando bastante, acertando o fluxo de caixa e monitorando o mercado. Então, a gente não sabe ainda. Estamos fazendo um trabalho grande para ver o que pode ser cortado, adequando receitas, mas a verdade é que não sabemos ainda qual o tamanho da queda de arrecadação. Se voltar em junho é diferente de voltar em julho. Fica difícil prever. Ainda não temos claras as despesas. Trabalhamos com cautela e não concretizamos nenhum negócio por conta disso. Precisamos de um cenário melhor do futuro para fazer novas dívidas", pontuou.
"Coloco isso em relação ao Jô, porque, independentemente da entrada de dinheiro, não sabemos o quanto vai demorar tudo isso. A ideia é quitar as coisas mais urgentes, pendências com atletas, o financeiro tem trabalhado nesse sentido. Pela falta de previsão de retorno, é difícil. Temos que ter cuidado com o que vai ser feito. É preciso ter responsabilidade", concluiu.
Recentemente, cabe destacar, o Meu Timão apurou que, além da parte financeira complicada, o Corinthians ganhou uma concorrência forte na luta por Jô. Comandante do atacante no título de 2017, Carille está interessado em levar o centroavante ao Al-Ittihad, da Arábia Saudita.
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