quarta-feira, 2 julho, 2025
No Result
View All Result
Folha Nobre
  • Todas Notícias
  • Rondônia
  • PodCast
  • Expediente
Folha Nobre
No Result
View All Result
Folha Nobre
No Result
View All Result

Mário Vassallo e Bruno Maia falam sobre nova realidade de transmissões por streaming |

12/07/2020
in Vasco da Gama

O Estadual chega à reta final — o primeiro Fla-Flu da decisão é neste domingo, às 16h, no Maracanã — em meio a uma situação inusitada. O interesse sobre quem transmite os confrontos tornou-se maior do que sobre os times. Fruto da Medida Provisória 984, editada em junho, que deu ao mandante das partidas a prerrogativa de comercializar seus direitos de transmissão (a Lei Pelé previa que ela era dos dois adversários). Em meio a incertezas, alguns clubes exibiram os duelos em seus canais no YouTube. É o que ocorrerá no jogo deste domingo. Após rescisão por parte da TV Globo do contrato de transmissão dos jogos do Carioca — a emissora alegou quebra da exclusividade prevista quando, com base num entendimento próprio da MP, a FlaTV transmitiu o jogo entre Flamengo e Boavista —, o primeiro duelo da decisão poderá ser visto na FluTV. Um protagonismo que rende audiência, mas também joga estas ferramentas no centro de uma discussão sobre qual é o seu papel nas estratégias dos clubes. Estes canais não são novidade. Entre os quatro grandes do Rio, o mais jovem é o do Flamengo (nasceu em maio de 2012). Num primeiro momento, as plataformas exibiam bastidores de partidas ou de eventos e entrevistas com jogadores ou ídolos do passado. Em diversos períodos, a produção de conteúdo foi terceirizada. Hoje, com exceção do Flamengo, todo o material é feito por funcionários dos clubes. Além do ganho de qualidade, estas TVs viraram produtoras de audiovisual. Além do YouTube, contas de outras redes sociais, como o Twitter e o Facebook, são alimentadas. FluTV bate recorde mundial Foi a exibição dos jogos em vídeo (em áudio já era permitida) que turbinou suas audiências. A FluTV que o diga. A final da Taça Rio, na última quarta, rendeu 3,5 milhões de visualizações simultâneas. É o recorde mundial de exibições ao vivo no YouTube — o posto pertencia a live de abril da cantora de sertanejo Marília Mendonça (3,3 milhões). Desde o anúncio do clássico, o canal atraiu mais 270 mil novos inscritos, sendo 144 mil durante a partida. A transmissão obteve sete patrocinadores, sendo que um deles não era parceiro antigo do clube. O Fluminense não revela valores, mas diz que foi o suficiente para arcar com os custos da exibição — que envolveu nove profissionais e a contratação de uma empresa para a geração das imagens — e ainda sobrar uma pequena margem de lucro. Para este domingo, o clube trocou a empresa que cuida da transmissão. Serão 16 câmeras (foram nove na quarta-feira) e mais participações ao vivo. A intenção é investir mais na FluTV. Com ajuda do dinheiro arrecadado com as transmissões e com as visualizações no YouTube, quer adquirir novos equipamentos, inaugurar um estúdio e aumentar o número de funcionários fixos (atualmente são três). Novos programas estão em fase de estudo. Mas transmitir jogos após o Estadual está fora dos planos. — As TVs de clube não vão substituir as tradicionais. O Fluminense tem uma produtora chamada FluTV, que faz conteúdo regular e está sendo incrementada. Mas produção é uma coisa e canal é outra — diz o diretor de comunicação Ronaldo França: — O torcedor é um cliente. De todas as formas de relacionamento com ele, a produção de vídeos é a mais impactante depois do jogo. Por isso é importante os clubes estruturarem suas produtoras. FlaTV: projeto atual nasce em 2018 A FlaTV também colhe frutos. Se, antes, sequer tinha uma programação fixa, agora é tratada como principal ativo do clube. Além de usá-la para exibir patrocinadores e se aproximar do torcedor, como faz o Fluminense, o Flamengo quer transmitir jogos. Quem comanda a FlaTV é Marcelo Gorodicht, através da agência de publicidade X-Tudo, responsável pela campanha que elegeu o atual presidente Rodolfo Landim. Mas o projeto passa pelo vice de comunicação Gustavo Oliveira e pelo vice de relações externas Luiz Eduardo Baptista, além do próprio Landim. O desejo pela exibição dos jogos já era debatido na gestão anterior, de Eduardo Bandeira de Mello. Em 2018, o clube elaborou um projeto para ser ativado quando houvesse brechas nos contratos de televisionamento. A transmissão das partidas em áudio serviram de teste para a estrutura. A inspiração eram as iniciativas de Athletico e Coritiba em seu Estadual. O pico do crescimento no YouTube foi na partida contra o Boavista, com 2,2 milhões de visualizações simultâneas. Neste dia, a FlaTV somou mais de 500 mil novas inscrições e se tornou a terceira no ranking mundial, com 5 milhões de inscritos. Mas, há um ano, já se descolava da realidade nacional e superava gigantes europeus como o Manchester United, PSG e Juventus. Procurado pela reportagem, o clube não quis falar. Os planos de Vasco e Botafogo Os planos vascaínos também são ambiciosos. O clube, que viu a VascoTV atingir a marcar de 461 mil visualizações simultâneas durante o jogo contra o Madureira, sonha superar as fronteiras do Youtube e criar uma plataforma própria de streaming. — O nosso planejamento é voltado para, em breve, termos uma distribuição OTT, onde o vascaíno poderá consumir o melhor conteúdo em qualquer lugar a qualquer hora — afirma o diretor de comunicação Mário Vassallo. A BotafogoTV é a única entre os grandes que não transmitiu uma partida. O vice de comunicação Emílio Adam diz que a produção de vídeos é o coração da pasta, o que ficou ainda mais claro durante a pandemia, quando nem mesmo a imprensa pode acompanhar o dia a dia dos clubes. Mas ele frisa que não há intenção de exibir os jogos do time profissional: — A Botafogo TV atua nas brechas, faz aquilo que a TV tradicional não mostra: o pré-jogo, o pós-jogo, a coletiva do treinador… Mas a partida em si quem tem contrato conosco é que deve transmitir — explica o dirigente. Na Espanha, cuidados anti-‘clubismo’ A prerrogativa de comercialização do mandante, conferida pela MP, é o modelo mais comum na Europa. Por lá, porém, essa regulamentação não resultou em exibições aleatórias pelos clubes. Na Espanha, por exemplo, os direitos foram vendidos a múltiplos veículos da mídia tradicional. E, para garantir unidade às transmissões, a La Liga fez uma parceria com uma produtora independente. Ela é responsável desde a captação até a distribuição das imagens. — A transmissão é neutra, sem clubismo. E segue os padrões de transmissão audiovisual preparados pela La Liga, que visa promover de forma igual a imagem de todos os 20 clubes — explicou Albert Castelló, representante global da liga espanhola. Com isso, as inovações tecnológicas ambicionadas pela liga estão ao alcance de todos os torcedores: transmissões em definição 4k, dezenas de câmeras espalhadas em pontos estratégicos, repetições dos lances em 360 graus, entre outras. Há a preocupação até de buscar uma harmonia entre as cores dos patrocinadores para evitar poluição visual. Por aqui, a parcialidade das transmissões do Estadual pelas TVs dos clubes repercutiu. Na final da Taça Rio, o apresentador da FluTV não narrou quando o Flamengo teve a bola nos pés. O Fluminense não aprovou o resultado e decidiu que, no jogo de hoje, isso não se repetirá. Outras funções do streaming Para Bruno Maia, especialista em inovação e novos negócios do esporte, as narrações especializadas podem ser uma ferramenta interessante, desde que se compreenda que o streaming dos clubes pode ser um complemento às transmissões dos veículos tradicionais, e não uma substituição: — Você vai no League Pass, da NBA, e tem a possibilidade de ver o jogo com a narração voltada para um time, com um corte na edição voltado para outro. Eles vão diversificando o grafismo, as estatísticas… Isso é uma característica da customização da experiência do usuário. O streaming serve muito para isso, ao contrário das TVs aberta e paga. Ex-vice de marketing do Vasco, Maia enumera mais duas funções para o serviço de streaming além da customização. Uma delas é complementar o que já é oferecido, com bastidores, treinos, entrevistas e jogos de outras modalidades e categorias. A outra é a possibilidade de coletar dados dos torcedores e cruzá-los com os já disponíveis em bancos dados da internet. — Esse é um mercado no qual os grupos que têm força econômica ainda estão patinando para viabilizar este modelo de negócio. Exibir os jogos dos campeonatos não é a primeira função do streaming — complementa Maia. Além das discussões técnicas, as transmissões pelos clubes ainda esbarram no aspecto financeiro. Mesmo veículos tradicionais encontram dificuldade de viabilizar seu negócio no streaming. Uma das razões é o fato de os patrocinadores não se mostrarem dispostos a pagar o mesmo que em transmissões pela TV, com alcance de público ainda muito maior. — O recorde mundial de uma live no Youtube é menos da metade da audiência de jogo de menor expressão em uma quarta a noite na TV Aberta. Não é demérito nenhum, é apenas um fato que os patrocinadores levam em conta — afirma Gustavo Herbetta, fundadorda agência de marketing esportivo Lmid. imagem12-07-2020-14-07-50 Fonte: O Globo Online (texto), Youtube oficial do Vasco (imagem)

Fonte: www.netvasco.com.br/n/251825/mario-vassallo-e-bruno-maia-falam-sobre-nova-realidade-de-transmissoes-por-streaming

Podcast

Folha Nobre - Desde 2013 - ©

Welcome Back!

Login to your account below

Forgotten Password?

Retrieve your password

Please enter your username or email address to reset your password.

Log In

Add New Playlist

No Result
View All Result
  • Todas Notícias
  • Rondônia
  • PodCast
  • Expediente

Folha Nobre - Desde 2013 - ©

Este site usa cookies. Ao continuar a usar este site, você concorda com o uso de cookies. Visite a página Política de Privacidade.