O presidente da Câmara, Eduardo Cunha, não deu lá muita importância à tentativa de reaproximação da presidente Dilma, nesta terça (1º). O gesto foi tardio e desastroso: além de haver “queimado as pontes” que teriam evitado o rompimento de Cunha e a sequência de derrotas do governo no Congresso, ela ouviu seus aloprados e tentou aliciar o líder do PMDB, Leonardo Picciani, o maior aliado do presidente da Câmara.
Dilma cedeu à insistência de aliados como Renan Calheiros e Michel Temer, daí o convite a Cunha. Mas ela avisou que não iria “capitular”.
Dilma pediu união das forças políticas para enfrentar a crise e Cunha disse mais uma vez que a Câmara não atrapalharia esse esforço.
Desfeita ninguém esquece, muito menos Eduardo Cunha. Dilma já o hostilizava desde quando ele era líder do PMDB na Câmara.
Cunha decidiu manter relações institucionais, e continua na oposição. Mas sua turma tem sido assediada com ofertas de cargos e emendas.