Os sete governadores do PMDB vão se reunir na próxima terça-feira (8) com o vice-presidente Michel Temer, os presidentes do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), e da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), para propor reformas tributária, trabalhista e previdenciária.
O objetivo, segundo o governador do Espírito Santo, Paulo Hartung, é organizar o país. “Precisamos nos movimentar, procurar caminhos. Não é uma quadra simples da vida nacional. Não é de um band-aid que precisamos. Precisamos de reformas estruturais no nosso país. Estamos flertando com a desorganização”, disse o governador capixaba.
Quatro dos sete governadores peemedebistas se reuniram na quinta-feira (2) no Palácio Guanabara, sede do governo do Rio, para discutir a pauta de discussão. O encontro ocorre quando o PMDB discute a possibilidade de abandonar a aliança com o PT. De acordo com o governador Luiz Fernando Pezão (PMDB-RJ), aliado da presidente Dilma Rousseff na sigla, o grupo não discutiu posição política em relação ao governo federal ou mesmo aumento de impostos. Ele disse que os governadores peemedebistas estão pensando em médio e longo prazo.
“Queremos discutir primeiro dentro do PMDB. O PMDB é o partido que pode começar essa discussão no país”, disse Hartung, que apoiou o senador Aécio Neves (PSDB) na eleição presidencial do ano passado.
Pezão defendeu a pauta das reformas, desgastadas por nunca terem andado no Congresso. O peemedebista disse que a proposta une os 27 governadores e é tão importante quanto medidas emergenciais. “Claro que estamos preocupados com o curto prazo. Mas essa pauta já foi colocada pelos 27 governadores que estiveram com a presidente Dilma. Não adianta pensar só em 2015 ou 2016, porque vai ficando mais inviável para frente”, disse o governador fluminense.
Pezão afirmou que o objetivo é aliviar a pressão da crise sobre Estados e municípios. Ele citou a crise financeira no Rio Grande do Sul, cujo governador, José Ivo Sartori (PMDB), não pôde ir ao encontro. Também participaram Marcelo Miranda (PMDB-TO) e Confúcio Moura (PMDB-RO).
O Rio Grande do Sul passa por momentos difíceis. Momentos por que todos os Estados passam com mais ou menos força e poderão enfrentar no futuro, disse o governador do Rio, que espera encerrar o ano com um déficit nominal de R$ 2,5 bilhões. Além dos cinco já citados, para o encontro da semana que vem também devem participar os governadores de Alagoas, Renan Filho, e de Sergipe, Jackson Barreto.