A Greve dos Institutos Federais iniciada em julho já se arrasta por mais de 02 meses em todo o Brasil. Em Vilhena a greve teve início em 17 de agosto. Além da pauta nacional os grevistas apresentaram no início da greve um conjunto de pautas locais que ainda estão em processo de negociação com a Reitoria do IFRO e Direção do Campus.
No último dia primeiro, a nível nacional a maioria das seções sindicais optou por assinar acordo com o governo e encerrar o movimento mediante a assinatura do acordo. Contudo até a data desta quarta-feira, não há qualquer manifestação oficial do MEC quanto a esta assinatura, portando não há uma previsão de retorno das aulas até a manifestação daquele Ministério. Na última segunda-feira, a reunião com MEC foi suspensa em virtude da troca de ministros e ao final do protesto em Brasília, a Polícia Militar foi acionada pelo Governo agrediu manifestantes, ferindo um professor e um estudante do IFMT (Instituto Federal do Mato Grosso).
“Nosso posicionamento foi o de manter a greve, mas fomos votos vencidos. A maioria das Seções Sindicais optou por retornar mediante assinatura de acordo com o governo e isso não aconteceu até agora”, afirma um professor do Comando de Greve do IFRO – Vilhena. Esta indefinição e imbróglio criados têm como culpados, única e exclusivamente o MEC e o Governo de Dilma Rousseff. Cabe ao Governo assinar o acordo para o retorno e isso não foi feito até agora e demonstra o grau de desinteresse com a educação pública do nosso país.
“Também estamos aguardando um posicionamento local diante da perspectiva de eleições gerais para todos os cargos de chefia do IFRO – Vilhena e consideramos um avanço rumo a democratização do Instituto”, afirma o SINASEFE – Vilhena. “Queremos construir um espaço democrático de convivência entre docentes, técnicos e estudantes, varrendo para fora deste espaço os últimos resquícios de autoritarismos que ainda permeiam mentes, práticas e legislações caducas”, afirma um professor grevista.
DATA INDEFINIDA PARA O RETORNO E FORMA DE REPOSIÇÃO DE AULAS
Sem um posicionamento claro do Governo, Direção Geral do IFRO e Comando de Greve ficam de mãos atadas quanto ao retorno das aulas. “Assim que formos informados da assinatura do acordo e retorno das aulas, informaremos a imprensa e a comunidade em geral. Mas a data ainda é indefinida”, afirma o SINASEFE – Vilhena.
Outra preocupação é quanto à reposição de aulas, que segundo os grevistas deverão ser amplamente discutidas entre a categoria, a Direção do IFRO e a comunidade em geral (pais e estudantes). “Não defendemos uma reposição de aulas sem qualidades. Nossa proposta é respeitar o direito dos estudantes de terem acesso a uma educação de qualidade, dentro daquilo que é de competência dos profissionais da Educação”, afirma o SINASEFE. Neste sentido, defendemos o respeito às férias escolares de janeiro e que a reposição não comprometa as outras atividades dos discentes (pesquisa, extensão e estágios).
Da Assessoria