O caso, porém, ainda precisa ser remetido pela Corregedoria à presidência da mesa da Câmara para que uma investigação possa ser formalmente autorizada.
Como a representação trata do próprio presidente da Câmara, os deputados solicitaram ao corregedor que recomende que Cunha se declare impedido de deliberar sobre a representação.
“Nós esperamos para os próximos dias que a Corregedoria se posicione sobre este tema e, se for para a mesa da Casa, entendemos que o presidente Eduardo Cunha deve se declarar impedido de analisar uma representação contra ele mesmo”, disse o deputado Henrique Fontana (PT-RS), um dos signatários da solicitação.
No documento, os deputados alegam que Cunha teria omitido informações sobre supostas contas bancárias no exterior e lembram que na semana passada o Ministério Público da Suíça transferiu para o Brasil uma investigação que relatam supostas contas bancárias em nome de Cunha e familiares.
Na representação entregue à Corregedoria nesta quarta, os deputados afirmam entender que “houve omissão intencional de informações, sobretudo das contas na Suíça que agora vêm à tona pela investigação do Ministério Público Federal, configurando-se , assim, ato incompatível com o exercício do decoro parlamentar”.
Além de Fontana, a representação foi assinada, entre outros, pelos deputados Arnaldo Jordy (PPS-PA), Chico Alencar (PSOL-RJ), Alessandro Molon (Rede-RJ) e Jarbas Vasconcelos (PMDB-PE).
Fonte: Exame