O diretor do presídio Urso Branco, afastado com uma canetada pelo secretário da Sejus, Marcos Rocha, vai voltar ao cargo. A exoneração de Célio Luiz de Lima foi confirmada durante negociação com os presos, depois de uma rebelião que durou mais de 36 horas. Mas a decisão é para inglês ver. Na verdade, levantadas as histórias denunciadas pelos presos de maus tratos, nada ficou comprovado. Célio estaria na mira dos presidiários por ser linha dura; por não permitir que os criminosos condenados mandem na cadeia; por acabar com a entrada de drogas e celulares. Além disso, a partir do momento em que as revistas às visitas são feitas por equipamentos eletrônicos recém comprados, os detentos se revoltaram. Não se pode dizer que eles não tenham razão em protestar em relação à comida, que parece ser mesmo de má qualidade. Afora isso, não há qualquer outro indício de que haja mesmo tortura ou qualquer desrespeito aos presos. A separação deles, a retirada dos líderes para áreas especiais, a vigilância, a retirada de celulares e drogas das celas, tudo isso teria colocado o diretor em rota de colisão com a turma do PCC e do Comando Vermelho, que manda na cadeia. O governo fez de conta que atendeu a reivindicação de tirar o diretor, mas a verdade é que em breve, segundo uma fonte respeitada do governo, Célio Luiz estará de volta à sua função.
Além disso, quem vai pagar os mais de 130 mil reais pela recuperação do que os presos destruíram? Deveria ser eles, mas, é claro, seremos nós, os contribuintes, os prejudicados, outra vez. Claro que há, entre as reivindicações, questões justas. No geral, contudo, os detentos querem é facilidades dentro do Urso branco. Mas é bom que eles saibam. Se quiserem ficar fora dos presídios, que vão trabalhar, lutar pela vida e não cometer crimes…
SÓ NO AGRONEGÓCIO
Adeus à política! Um nome que marcou a Assembleia Legislativa, inclusive sendo seu presidente, já decidiu que não mais participará da vida pública. O empresário Neodi de Oliveira, prefeito duas vezes de Machadinho do Oeste e com três mandatos como deputado, hoje se dedica apenas ao agronegócio. Está plantando soja na sua região e enfrentando os problemas de todo o produtor, principalmente nesta época de falta de chuvas. Também é criador de gado. Nesta semana, ao visitar alguns dos seus ex companheiros na Assembleia, Neodi avisou: política, nunca mais!
GREVE E O FUNCIONALISMO
A greve dos bancos, que já se arrasta há vários dias, já causa prejuízos para milhares de pessoas. Sem atendimento e apenas com os caixas eletrônicos funcionando, muitos deles sempre com defeito, a situação está complicando também a vida do funcionalismo estadual. O pagamento dos salários de outubro, que estaria disponível nesta sexta, di 23, só será liberado na terça, dia 27. Ou seja, em função da greve e problemas de compensações e transferências, a grana só estará nas mãos dos servidores cinco dias depois do previsto. São quase 35 mil famílias esperando o sagrado dinheirinho…
FOLLADOR EM ALTA
Mudança no comando do DEM no Estado. Neste final de semana, em convenção do partido, o deputado estadual Adelino Follador assume o comando regional, já que o ex governador José Bianco abriu mão do posto, valorizando ainda mais o nome do partido que está em ascensão. Follador, aliás, tem sido apontado como virtual candidato à Prefeitura de Ariquemes, onde aparece em todas as pesquisas (ainda não oficiais), como o nome mais lembrado pelo eleitorado da cidade. O atual deputado reeleito com a maior votação entre os 24 parlamentares rondonienses, já foi prefeito de Cacaulândia por dois mandatos.
MÉDICOS
Na semana em que se comemorou o Dia do Médico, é sempre bom lembrar esses profissionais que, em sua grande maioria, vive em função da vida dos outros, salvando-as todos os dias, as clínicas, nos hospitais, nos pronto socorros. Como o número de médicos é enorme e entre eles os amigos e conhecidos são, todos, merecedores de todos os aplausos, a coluna selecionou alguns nomes para, em nome deles, homenagear todos os profissionais da área: Dr. José Braz, Dr. Amado Rahhal, Dr. Hiran Gallo, Dr. João Gemelli, Dr. Daniel Mugrabi, dr. Macário, Dr. Waldemar Katayama e Dr. Fernando Máximo.
O OURO E O CRIME
Tráfico de drogas, de armas, prostituição, risco de muita violência. Esses são alguns dos motivos relatados pelo juiz federal Francisco Antônio de Moura Junior, da 1ª Vara Federal de Cáceres, para determinar o fechamento do garimpo de ouro em Pontes de Lacerda, no Mato Grosso, para onde, aliás, já estavam acorrendo centenas de rondonienses. Aliás, um dirigente sindical garimpeiro do MT já havia alertado que o ouro retirado da área era vendido para quadrilhas, para lavagem de dinheiro e alimentava o crime organizado. O caso ainda vai longe, porque com tanto ouro, quase a céu aberto, não é fácil fechar um garimpo.
PERGUNTINHA
Será que o cineasta e escritor Arnaldo Jabor tem mesmo razão, quando afirma que “jornalistas e formadores de opinião sentem-se inúteis,já que a indignação ficou supérflua, pois tudo quebra diante do poder da mentira desses últimos dois governos”?
Por Sérgio Pires
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