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Polícia está na cassada a caça niqueis em Porto Velho

30/10/2015
in Segurança

A instauração de apenas 10 inquéritos policiais é significativamente um referencial pequeno para a realidade local porto-velhense. Porém, se considerada a proporcionalidade que o tipo de crime abarca é “perfeitamente” correta a afirmação de que na capital do Estado o número de pessoas dependentes, viciadas em jogos de azar, “é um exagero”. Sem poder se amparar em dados estatísticos, investigadores policiais sugerem a quantia aproximada de quatrocentas (400) pessoas que ainda visitam estabelecimentos ilegais de jogos de azar em Porto Velho.

O titular da Delegacia de Jogos e Diversões, Paulo Casara Penedo, explica que este foi um ano com um índice menor de ocorrências do gênero. Um total de 45 casos apurados, até o momento. Porém, segundo o delegado, há muitas pessoas frequentando cubículos que comportam caça-níqueis de várias modalidades e características, em Porto Velho, alimentando uma gama significativa de contravenções penais que causa, no final das contas, um desenlace estrutural em diversas famílias. “Os dependentes vão para esses jogos e perdem, muitas vezes, todo o rendimento mensal. Há gente em dificuldade, com dívidas contraídas a partir de empréstimos, por conta disso”.

A caça aos caça-níqueis em Porto Velho tem sido o principal foco da Delegacia de Jogos e Diversões que, dentre outras atribuições, também investiga atuações irregulares de estabelecimentos comerciais, tais como bares, motéis e boates.

Porém, nas últimas semanas, o que tem chamado a atenção de Paulo Casara Penedo, é o retorno de pessoas que anteriormente frequentavam esses ambientes de jogos e, após longo tempo de afastamento, estão retornando. Essa situação foi constatada com o desenrolar de investigações que detectou a reabertura de caça-níqueis na capital. Para o delegado, o receio é de que haja fluxo maior desses crimes. “Os contraventores sempre encontram um meio de instalar uma nova máquina caça-níquel.

O problema desses jogos é que são programados para favorecer apenas os proprietários. Algumas pessoas ganham, enquanto uma maioria perde”, explica.

O delegado Paulo Casara também destacou o trabalho que vem sendo desenvolvido pela especializada, principalmente na região central da cidade, em pequenos estabelecimentos que reservam em locais camuflados as tão “conhecidas máquinas caça-níqueis. Ele explica que para chegar a esses espaços clandestinos a estratégia é das mais simples. “Os policiais que apuram esses casos seguem as pessoas que frequentam esses locais. Muitas vezes, os caça-níqueis estão instalados aos fundos de salões de beleza, lojas de confecções, bares e restaurantes. Somente através de usuários poderemos localizá-los”, explica.

Uma das últimas operações policiais de combate às contravenções em jogos de azar, em Porto Velho, foi realizada durante o mês de agosto último e reuniu agentes de várias delegacias de Polícia Civil. As diligências foram feitas em bairros das zonas Sul e Leste da capital. Na ocasião, além da apreensão de seis mil mídias contrafeitas, cópias ilegais de filmes em DVDs, também foram notificados estabelecimentos comerciais que funcionavam em horários indevidos e sem alvará.

Homem pede esmola e gasta em caça-níquel

O funcionamento de uma máquina caça-níquel, de acordo com a escrivã-chefe da Delegacia de Jogos e Diversões, Lenilsa Ferreira Borges, está sempre voltado para favorecer o proprietário. Ela explica que são computadores programados para viciar as pessoas, além de desenvolverem rotinas com probabilidades à abertura de manipulações. “Ela é construída com os componentes de um computador convencional, tais como teclado, placa de memória, placa mãe, dentre outras peças. As imagens são dispostas para apresentarem combinações, através de geradores que são relacionados a um suposto prêmio. A questão é que os jogadores são levados a achar que têm chances de recuperar as pequenas quantias perdidas. Assim, vão perdendo cada vez mais tempo com as apostas”, explica Lenilsa.

O vínculo contínuo com o jogo é o que garante ao jogador, ao passo em que perde suas finanças, a esperança de poder ganhar em dado momento. Por isso, segundo Lenilsa, ele continua jogando até o momento em que já não tem mais dinheiro. Mesmo em desvantagem, o viciado retorna outras vezes, como a expectativa de que possa ganhar. Neste momento o jogador já adquiriu o hábito de jogar e, “está doente”.

Para exemplificar a situação a escrivã cita o caso de um jogador que frequentemente é visto pelos caça-níqueis de Porto Velho. Quando não está nas “máquinas” ele está em portas de bancos pedindo esmolas. O jogador, com a desculpa de que é doente e que precisa de ajuda para a compra de remédios, consegue arrecadar grandes quantias que, em seguida, perde nas máquinas caça-níqueis. Esse é mais um caso patológico do universo dos jogos de azar.

Pena branda favorece a proliferação

A escrivã-chefe da Delegacia de Jogos e Diversões, Lenilsa Ferreira Borges, explica que os crimes praticados por quem oferece os jogos de azar podem passar de contravenções para crimes de contrabando. Portando, federais. Isso, segundo ela, porque as máquinas utilizadas nessa prática, na maioria das vezes, possuem peças, como placas de memória, que são fabricadas em outros países e chegaram ao Brasil de forma ilegal. Quando isso acontece, segundo informações de Lenilsa, o inquérito é encaminhado para as medidas cabíveis junto à Polícia Federal, que trata de crimes dessa natureza.

A escrivã também explica que as peças utilizadas no “coração” das máquinas caça-níqueis, na maioria das vezes, são fabricadas no Brasil, na Zona Franca de Manaus. Porém, as caixarias, estrutura que comporta e suporta a parte eletrônica, pode ser adaptada por qualquer marceneiro local. “É como um móvel com um computador dentro”, explica.

Lenilsa conta que a facilidade de se adquirir uma máquina dessas, e também a pena baixa para quem pratica a contravenção, tem contribuído para a proliferação do crime. “Uma pessoa, quando é presa cometendo a contravenção desse gênero, é condenada pela Justiça a pagar uma cesta básica, serviços social, dentre outros. Por isso, não se preocupam muito com a lei”, argumenta.

Fonte: Giro Central

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Tags: caça-niqueisinvestigapolicia

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